Categorias de fibra óptica multimodo

Você sabia que, assim como cabos de par trançado, as fibras ópticas multimodo também são classificadas conforme seu desempenho? Mas, enquanto os cabos de par trançado são classificados em categorias, como Cat. 5e, Cat. 6, Cat. 6A etc., as fibras multimodo recebem os nomes OM1, OM2, OM3, OM4 e a novíssima OM5.

A norma brasileira ABNT NBR 14565 reconhece apenas de OM1 a OM4, pois a OM5 é ainda muito recente. Provavelmente ela será incorporada em nossa norma na próxima revisão.

Os tipos OM1 e OM2 são os mais antigos, com núcleos de 62,5 μm e 50 μm, respectivamente, e possuem sua largura de banda especificada somente pela técnica de “preenchimento total do núcleo”, típica das fontes LED. Os tipos OM3 e acima possuem núcleo de 50 μm e têm sua largura de banda especificada pela técnica “largura de banda modal efetiva” em transmissão a 850 nm, mais apropriada para velocidades de 1 Gb/s e acima, que utilizam fontes de luz VCSEL ou laser.

E o que tem de diferente na nova OM5? A sua largura de banda é especificada também no comprimento de onda 953 nm. E por quê isso? Porque a OM5 permite a utilização de multiplexação de comprimento de onda (WDM), com a transmissão de quatro canais entre 850 nm e 950 nm. Isso possibilita multiplicar por quatro a velocidade de transmissão por fibra, desde que sejam utilizados equipamentos que utilizem esse recurso, como o 40G-SWDM4 e o 100G-SWDM4, que disponibilizam 40 Gb/s e 100 Gb/s, respectivamente, sobre OM5, com a utilização de apenas duas fibras!

Conheça mais sobre as categorias de fibra multimodo nestes meus vídeos:

Categorias de fibras multimodo
Fibra OM5

O curso SCE322 – Desempenhos e parâmetros das fibras ópticas  explica as características de desempenho das fibras ópticas utilizadas para cabeamento estruturado e suas respectivas classificações OM e OS. Ele possui uma prova ao final, para a obtenção do certificado de conclusão.

Quer saber mais sobre os padrões Ethernet e seus requisitos de cabeamento? O curso é o SCE381. O vídeo abaixo é um resumo sobre esse assunto:

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Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro de comissões de estudos sobre cabeamento estruturado e data center da ABNT, certificado pela BICSI (RCDD, DCDC), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.

Padrões Ethernet sobre o cabeamento estruturado

Em Maio/2017 lançamos o curso online “SCE381 – Padrões Ethernet sobre cabeamento estruturado” na plataforma Oráculo EAD. Nesse curso você aprende os principais tipos de padrões Ethernet aptos a trafegarem sobre links de par trançado e fibra óptica, como o 1000BASE-T, 10GBASE-SR e 40GBASE-ER4, apenas para citar alguns.

No total, são explicados 28 padrões Ethernet e seus requisitos mínimos de cabeamento, como categoria mínima de cabo, quantidade de pares ou fibras, velocidade por via, conectores utilizados e distâncias máximas suportadas.

São oito vídeo aulas, em um total de 60 minutos de apresentação, mais um material extra para baixar, como referência. Se o aluno for bem na prova final, receberá um certificado de conclusão do curso, da Clarity Treinamentos e do Oráculo EAD, com assinatura do autor e instrutor do curso, que é este que vos escreve.

Confira aqui o SCE381.

Uma das aulas foi disponibilizada gratuitamente, como teaser.

Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, NTS, ATS
Clarity Treinamentos

1000BASE-T ou -TX? Eis a questão!

Já se enganou ao especificar o padrão Ethernet a 1 Gb/s para par trançado? O correto é 1000BASE-T ou 1000BASE-TX? Na verdade, ambos existem! Mas somente um é comercializado atualmente. Sabe qual dos dois?

Primeiro, o que eles têm em comum? Ambos especificam comunicação Ethernet a 1 Gb/s e ambos foram feitos para rodar em cabos de par trançado de quatro pares e 100 ohms de impedância, de até 100 metros (o vídeo abaixo explica melhor o porquê do limite de 100 metros).

E as semelhanças param por aí.

Enquanto o 1000BASE-T foi especificado pelo padrão IEEE 802.3ab, o 1000BASE-TX foi especificado pelo parão TIA/EIA-854.

O 1000BASE-T roda em cabos de Categoria 5e, utilizando os quatro pares, onde cada par trafega a uma velocidade de 250 Mb/s em full-duplex.

Por outro lado, o 1000BASE-TX precisa de cabos pelo menos Categoria 6 (por causa da largura de banda necessária), também utilizando os quatro pares, mas nesta tecnologia cada par trafega a 500 Mb/s em modo simplex (cada par transmite em um único sentido), embora o padrão de comunicação da interface também seja full-duplex, pois todos os transmissores funcionam ao mesmo tempo.

A ideia do 1000BASE-TX era a de permitir a fabricação de placas e interfaces mais baratas, pois cada par do cabo trafegaria em modo simplex, diferente do 1000BASE-T, que, por utilizar full-duplex a cada par, tornaria as placas mais caras.


Conversor de mídia gigabit TP-Link
Portas: 1 porta Gigabit SFP e 1 porta RJ45 10/100/1000M (Auto MDI / MDIX)
Estende a distância da fibra em até 550 metros para fibra de multimodo e 10 km para fibra de monomodo.


Mas a tecnologia 1000BASE-TX acabou não vingando, ainda mais por necessitar de um tipo de cabo mais caro, o Categoria 6. Resultado: hoje temos somente o 1000BASE-T sendo utilizado, permitindo o Gigabit Ethernet em cabeamento a partir da Categoria 5e. O comitê responsável pelo 1000BASE-TX se tornou inativo há anos… Veja meu vídeo abaixo sobre este mesmo assunto:

Saiba mas sobre os nomes da interfaces Ethernet neste meu vídeo:

Nomes padrões das interfaces Ethernet

O meu curso SCE381 explica as diferenças (e semelhanças!) entre as mais utilizadas interfaces Ethernet, desde os 10 Mb/s até os 100 Gb/s.

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Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro da BICSI e da comissão de estudos sobre cabeamento estruturado da ABNT/COBEI, certificado pela BICSI (RCDD, DCDC e NTS), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.

Quero rodar Ethernet a 40 Gigabits em minha fibra existente, posso?

Depende! Do quê? De qual fibra possui, primeiramente.

Se seu link for composto por fibras monomodo, você precisará de equipamentos nos padrões 40GBASE-LR4 ou 40GBASE-ER4, dependendo da distância pretendida, 10 km ou 40 km.

Mas se você possuir um link multimodo, precisará ser, no mínimo, de categoria OM3. Se for inferior, sem chances, precisará trocar de fibra. Se for OM3 ou OM4, precisará de um link com 8 fibras em um cabo tronco terminado em conectores MPO. O equipamento deverá ser do padrão 40GBASE-SR4.

Para OM3, o alcance será de 100 metros. Para OM4, de 150 metros. Mas atenção à perda óptica total de seu link! Com OM3, não deverá ser superior a 1,9 dB. Para OM4, não superior a 1,5 dB! Também há limites de perda para os links monomodo, portanto deve-se consultar as tabelas do padrão IEEE 802.3.

Para entender sobre as diferenças entre fibras multimodo e monomodo, ou para entender a classificação OMx das fibras multimodo, assista aos vídeos abaixo:

Há também opções de equipamentos proprietários, como o 40GBASE-SR-BiDi, da Cisco, que permite utilizar apenas duas fibras OM3 ou OM4. Para maiores informações, como alcance e perda máximos, consultar as tabelas da Cisco.

Para saber a perda total de seu link, deverá realizar um teste óptico Tier 1, com um equipamento do tipo OLTS (optical loss test set). Para estimar a perda total de seu link antes de fazer o teste, pode fazer o cálculo do balanço de perda óptica utilizando os valores padrões de perda. Se a instalação tiver sido bem feita, a perda medida deverá ser inferior a esse cálculo. Para saber mais sobre esse teste, confira meu vídeo abaixo:

Para saber mais sobre como realizar o cálculo do balanço de perda óptica, há o curso SCE335.

Confira também o curso sobre os padrões Ethernet sobre cabeamento estruturado, o SCE381, e o curso sobre teste óptico tier 1, o SCE333. Para saber mais sobre os padrões Ethernet sobre cabeamento estruturado, assista ao vídeo abaixo:

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