Desvendando a Evolução do Ethernet em Redes Modernas

A evolução do Ethernet é uma jornada fascinante dentro do mundo da tecnologia de redes. Capacitando computadores a se comunicarem e conectarem em redes locais (LAN) desde sua concepção na década de 1970, o Ethernet transformou-se constantemente para atender às demandas crescentes de velocidade e eficiência. A inovação iniciou com o padrão Ethernet original, possibilitando que dispositivos trocassem informações com base numa estrutura de rede com fio simples, porém eficaz.

Com o passar do tempo, a tecnologia de cabos Ethernet evoluiu significantemente, pavimentando o caminho para o surgimento de padrões como Fast Ethernet e Gigabit Ethernet, que oferecem maiores taxas de transferência de dados. As mudanças não se limitaram apenas à infraestrutura física; adaptações foram concebidas igualmente no âmbito do software e na implementação de novos protocolos. Isso possibilitou que as redes Ethernet se mantivessem resilientes e pertinentes, até mesmo na era das tecnologias de rede experimentais e avançadas.

A relevância do Ethernet, até os dias modernos, tem sido garantida por sua capacidade de se adaptar e integrar com novas formas de tecnologia de rede, como Wi-Fi e a internet das coisas (IoT). A indústria continua a testemunhar desenvolvimentos que empurram as capacidades do Ethernet para além do que era imaginável em seu advento, ressaltando sua importância inabalável no panorama da infraestrutura de redes globais.

Principais Pontos

  • O Ethernet evoluiu para atender à crescente demanda por redes mais rápidas e eficientes.
  • Inovações em hardware e software garantiram a resiliência do padrão Ethernet.
  • O Ethernet continua sendo fundamental na infraestrutura global de redes, adaptando-se a novas tecnologias.

Qual foi o Padrão Ethernet Original?

Antes de avançar para a evolução do Ethernet e os impactos posteriores, é essencial compreender o nascimento e as características que poliram o padrão original dessa tecnologia.

O nascimento da tecnologia Ethernet

Ethernet, uma inovação oriunda do Xerox PARC (Palo Alto Research Center) na década de 1970, foi concebida como uma solução para conectar múltiplos dispositivos em uma mesma rede local. O desenvolvimento inicial pode ser atribuído a Robert Metcalfe e sua equipe, que buscavam uma forma eficiente de interligar computadores e equipamentos de impressão.

Primeiro padrão Ethernet e seu impacto nos protocolos de rede

O primeiro esboço do que viria a ser o padrão Ethernet foi solidificado em 1980, com a parceria entre Xerox, Digital Equipment Corporation e Intel, culminando no documento intitulado “The Ethernet, A Local Area Network. Data Link Layer and Physical Layer Specifications“. Esse evento introduziu ao mundo uma novidade: a capacidade de operar a 10 megabits por segundo (Mbps), um feito considerável para a época. Além disso, instaurou padrões fundamentais para os protocolos de rede, incluindo endereços de 48 bits e um campo EtherType de 16 bits, componentes vitais para o processo de comunicação em uma rede.

A marca registrada no nome Ethernet e a jornada em direção à padronização

A Xerox detinha a marca registrada para o nome Ethernet, mas a tecnologia tomou proporções relevantes que impulsionaram o processo de padronização. O IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) assumiu a liderança neste processo, codificando o Ethernet como um padrão internacional (IEEE 802.3), pavimentando o caminho para que a tecnologia Ethernet se tornasse a espinha dorsal das redes de computadores ao redor do mundo. A padronização foi decisiva para a ampla adoção do Ethernet, permitindo a interoperabilidade entre dispositivos de fabricantes distintos e solidificando sua posição como o método de rede predominante.

Como a Tecnologia de Cabos Ethernet Evoluiu?

Os cabos Ethernet são os alicerces físicos da conectividade em redes e a sua evolução reflete um avanço tecnológico significativo. Com o passar do tempo, tecnologias de cabos Ethernet passaram por grandes transformações para suportar aumento de velocidade e integração de mais serviços.

De Ethernet grosso para fino: A transformação dos cabos Ethernet

Inicialmente, o Ethernet usava um cabo coaxial grosso (10BASE5), robusto e com grandes limitações de flexibilidade e instalação. A transição para os cabos coaxiais mais finos (10BASE2) marcou a primeira grande inovação, permitindo instalações mais fáceis e reduzindo custos. A evolução continuou com a adoção do par trançado (10BASE-T), tornando-se o meio físico mais comum para comunicação Ethernet nos ambientes de rede atuais.

10BASE-2
10BASE-5

O papel do cabo de fibra óptica e do par trançado na evolução do Ethernet

A fibra óptica trouxe a possibilidade de conexões de alta velocidade e longa distância, livre de interferências eletromagnéticas. Por outro lado, o par trançado reforçou a flexibilidade e a facilidade de uso. Padrões como IEEE 802.3 incluíram estas tecnologias para expandir as capacidades de comunicação e conectividade das redes.

Power over Ethernet (PoE): Unindo energia e conectividade de rede

O Power over Ethernet (PoE) é uma inovação importante que permite a transmissão de energia elétrica, juntamente com os dados, pelo mesmo cabo de rede. PoE facilita a instalação de dispositivos como câmeras de segurança e telefones IP, pois não necessitam de uma fonte de alimentação separada. Este avanço simplificou as infraestruturas de rede e expandiu as possibilidades de instalação e distribuição de dispositivos.

O Impacto da Evolução do Ethernet em Redes de Computadores e Redes Locais

Com o advento do gigabit ethernet e fast ethernet, redes de computadores locais testemunharam uma transformação significativa. Essa evolução não apenas acelerou a transferência de dados, como também solidificou a estrutura de conectividade nas redes modernas.

Como Gigabit e Fast Ethernet redefiniram redes locais de computadores

O Gigabit Ethernet e o Fast Ethernet redefiniram o desempenho em redes locais de computadores (LANs) ao aumentar a velocidade da transferência de dados em até dez vezes em comparação com o Ethernet original. Isso significou uma melhora substancial na capacidade das LANs de lidar com volumes elevados de tráfego e transferir dados de maneira eficiente, suportando desta forma um melhor desempenho de aplicações críticas para os negócios.

A expansão das redes de área local (LANs) por meio de tecnologias Ethernet

Com a implementação do protocolo de rede Ethernet, além do TCP e dos protocolos de internet IPv4 e IPv6, as LANs se expandiram para além de ambientes empresariais, chegando aos lares e ao uso cotidiano. A flexibilidade oferecida pelo Ethernet permitiu que ele se adaptasse a uma ampla gama de estruturas de rede e se tornasse um elemento-chave na interconexão de dispositivos.

De Ethernet experimental a convencional: Como o Ethernet se tornou a espinha dorsal das redes de área local

Desde suas versões experimentais até o status atual como padrão de facto, o Ethernet se estabeleceu como a espinha dorsal das tecnologias de LAN. Com o suporte constante dos padrões IEEE 802.3™, ele se converteu no método mais confiável e amplamente utilizado para conectar computadores a uma rede, habilitando um diálogo coerente entre diferentes dispositivos e plataformas de hardware.

Como os Switches de Ethernet e as Tecnologias de Rede se Adaptaram?

Com a constante evolução da tecnologia de rede, os switches de Ethernet tiveram que se adaptar para atender às demandas crescentes de rapidez e eficiência. Eles se tornaram peças-chave em modernas topologias de rede, permitindo a comunicação e o intercâmbio de dados entre dispositivos com sofisticação e precisão.

A revolução do design e funcionalidade dos switches Ethernet

Os switches de Ethernet expandiram significativamente suas funcionalidades, migrando de simples hubs que propagavam dados para todos os dispositivos da rede para sistemas inteligentes capazes de direcionar esse tráfego de maneira eficaz. Implementações conforme padrões do IEEE possibilitaram a autonegociação e o ajuste do desempenho. Com isso, eliminou-se a necessidade de intervenção manual para configurar velocidade e modo de operação, aprimorando a interoperabilidade entre diferentes dispositivos de rede.

Integração do Ethernet em tecnologias de rede modernas

Os switches de Ethernet se tornaram um componente central em tecnologias modernas de rede, capazes de se integrar a routers e bridges em arquiteturas complexas. Eles operam colaborativamente para gerenciar o tráfego de rede, aplicar políticas de segurança e permitir a comunicação entre diferentes segmentos da rede. Essa integração proporcionou um avanço fundamental na gestão e operação das redes modernas, garantindo consistência e confiabilidade.

Full-duplex Ethernet: Atingindo taxas de transferência de dados mais altas e eficiência

O modo full-duplex foi um salto importante no design das redes Ethernet, permitindo que os dispositivos transmitam e recebam dados simultaneamente. Isso resultou em uma utilização mais eficaz da largura de banda e uma melhoria drástica na taxa de transferência de dados. Com o aperfeiçoamento do full-duplex, os switches podem agora proporcionar canais de comunicação mais fluidos e sem colisões, otimizando a eficiência das redes empresariais modernas.

O Futuro do Ethernet: de Fast Ethernet a Gigabit e além

Padrões Ethernet emergentes e a busca por transferências de dados mais rápidas

Os padrões Ethernet têm evoluído rapidamente no cenário tecnológico para atender à demanda por transferências de dados de alta velocidade. Adaptando-se à nova era digital, os padrões emergentes como o 2.5 e 5G BASE-T buscam otimizar a eficiência de redes atuais sem a necessidade de cabeamento totalmente novo, proporcionando uma solução viável para empresas que necessitam de uma infraestrutura de rede atualizada e eficiente.

Taxas de transferência de dados Ethernet: O que o futuro reserva

A taxa de transferência de dados é um elemento crítico para sistemas Ethernet, e com o passar do tempo, tem-se observado um aumento substancial na mesma. Projeta-se que padrões futuros, como o Ethernet de 10G, 40G e além, impulsionarão as redes não só em termos de velocidade, mas também em confiabilidade e segurança. Isso se alinha perfeitamente com a integração do 5G, que promete revolucionar a comunicação móvel e fixa.

Novas tecnologias Ethernet e suas implicações em redes futuras

O Ethernet tem a responsabilidade de se manter relevante no contexto de comunicações confiáveis com a crescente adoção de conexões sem fio e móveis. Tecnologias Ethernet inovadoras, com maior capacidade de escalabilidade, estão sendo projetadas para facilitar uma transição suave para as demandas futuras da Internet das Coisas (IoT), assim como para apoiar a crescente onda de dispositivos conectados que exigem uma infraestrutura de rede sólida e confiável.

Ethernet na Era de Tecnologias de Rede Experimentais e Novas

A Ethernet tem sido um fator chave ao longo da história das redes, ajustando-se e evoluindo para sustentar as inovações tecnológicas que continuaram a transformar a comunicação de dados em distâncias vastas e em aplicações como a Internet das Coisas (IoT).

O papel do Ethernet no desenvolvimento de novos protocolos e arquiteturas de rede

O Ethernet, desde a sua criação, serviu como uma fundação para o desenvolvimento de novos protocolos de rede. Sua flexibilidade e adaptabilidade têm possibilitado a expansão de arquiteturas de rede e a integração com novas tecnologias, garantindo compatibilidade e interoperabilidade. À medida em que a World Wide Web se expandia, a demanda por uma infraestrutura de rede mais robusta e eficiente crescia, e o Ethernet continuava a evoluir para cumprir esses requisitos.

Como o Ethernet tem sido constantemente reinventado para atender às necessidades modernas

A necessidade de velocidades mais altas e latência mais baixas levou a constantes atualizações nos padrões Ethernet. As tecnologias de hardware evoluíram, desde o uso de cabos coaxiais até os atuais sistemas de fibra óptica, suportando assim a transmissão de dados em escalas antes inimagináveis. As implementações de Ethernet têm acompanhado o ritmo do avanço tecnológico, como é evidenciado pelo suporte crescente ao Internet of Things, que exige uma rede confiável e de baixa latência.

Olhando para frente: A evolução contínua do Ethernet e sua influência em tecnologias de rede futuras

Olhando para o futuro, o Ethernet está posicionado para continuar a impulsionar inovações em tecnologias de rede. Novos padrões que estão atualmente em fase experimental prometem expandir ainda mais a capacidade, eficiência e alcance da Ethernet. À medida em que mais dispositivos se conectam à internet e a demanda por conectividade de internet de alta velocidade e baixa latência cresce, o Ethernet será fundamental para fornecer a espinha dorsal necessária para suportar esse crescimento contínuo e a evolução da rede mundial.

Perguntas Frequentes

Nesta seção, exploramos as questões mais comuns relacionadas à evolução do Ethernet, abordando desde sua origem até seu papel nas tecnologias de rede atuais.

Como o Ethernet evoluiu ao longo do tempo?

O Ethernet surgiu no início da década de 1970 no Xerox PARC e, com o passar do tempo, passou por várias atualizações e aprimoramentos. As mudanças incluíram notáveis aumentos na velocidade e capacidade, bem como na introdução de novas tecnologias, como Power over Ethernet.

Quais são as principais diferenças entre as gerações do Ethernet?

As principais diferenças entre as gerações do Ethernet podem ser vistas nas taxas de transferência de dados, desde 10 Mbps do Ethernet original até mais de 100 Gbps em versões recentes. Além disso, variações no método de sinalização e no meio físico, com a introdução de fibras ópticas e cabos de par trançado mais avançados, marcam o progresso entre as gerações.

Qual foi a primeira versão do protocolo Ethernet e sua importância?

A primeira versão do protocolo Ethernet foi criada pela Xerox PARC na década de 1970, marcando um avanço significativo ao facilitar a comunicação entre diferentes dispositivos em uma mesma rede local. Sua importância se deve ao estabelecimento de um padrão para redes locais que se tornaria fundamental para o desenvolvimento da computação em rede.

Como o Ethernet se compara com outras tecnologias de rede, como a internet?

O Ethernet é uma das tecnologias fundamentais para redes locais (LAN), enquanto a internet é uma rede de alcance global. A tecnologia Ethernet permite a comunicação eficaz e a transferência de dados dentro de redes confinadas, sendo complementar à internet que liga redes separadas geograficamente em todo o mundo.

Quais avanços no protocolo Ethernet foram essenciais para as redes modernas?

Avanços como o aumento exponencial das velocidades de transmissão, a introdução do protocolo spanning tree e o suporte para diferentes meios de transmissão formam a espinha dorsal das redes modernas. A adaptabilidade e a escalabilidade do Ethernet permitem que ele continue sendo uma peça-chave na infraestrutura de rede atual.

Qual é a relevância do cabo Cat 5e na história do Ethernet?

O cabo Categoria 5e (Cat 5e) é emblemático por fornecer desempenho aprimorado em comparação com seu antecessor, o Cat 5, suportando velocidades de até 1 Gbps. Ele é uma das opções de cabos mais utilizadas em novas instalações de rede Ethernet devido ao seu custo-benefício e confiabilidade.

Melhores Práticas de Eficiência Energética para Data Centers: Um Guia Introdutório

Introdução ao Coração da Era Digital

Os data centers são verdadeiramente o coração pulsante da nossa era digital. Essas instalações complexas são responsáveis por armazenar, processar e proteger uma imensa quantidade de dados, essenciais para o funcionamento de empresas e serviços ao redor do mundo. Este guia tem como objetivo desmistificar algumas das práticas de alta prioridade, fundamentais para a eficiência e sustentabilidade dos data centers. Este artigo visa fornecer insights claros e compreensíveis sobre como otimizar as operações desses ambientes vitais.

Neste artigo, abordaremos uma série de recomendações cruciais para a otimização e eficiência dos data centers, cobrindo temas essenciais que vão desde a formação de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar – essencial para uma tomada de decisão abrangente e informada -, até o conhecimento profundo de seu data center através de auditorias físicas e lógicas. Exploraremos também as melhores práticas para o descomissionamento e remoção de equipamentos inativos, visando não apenas a liberação de espaço valioso, mas também a redução de custos operacionais. A consolidação de serviços será destacada como uma estratégia poderosa para otimizar recursos e eficiência. Além disso, delinear-se-ão estratégias eficientes de gerenciamento térmico, fundamentais para manter a integridade e o desempenho dos equipamentos. Por fim, discutiremos como o aproveitamento do free cooling pode significar um avanço significativo na redução do consumo energético, alinhando-se às práticas de sustentabilidade e eficiência energética. Essas recomendações são projetadas para equipar os gestores de data centers com as ferramentas necessárias para operar de maneira mais eficiente, sustentável e econômica, garantindo a resiliência e a continuidade dos serviços críticos.

É imperativo destacar que todas as práticas recomendadas discutidas neste artigo são consideradas de alta prioridade e aplicáveis universalmente a todos os data centers, sejam eles novos ou em processo de expansão, abrangendo integralmente todos os seus equipamentos de TI, mecânicos e elétricos. Essa abordagem é endossada pela mais recente edição (2023) das “Diretrizes de Melhores Práticas para o Código de Conduta da UE sobre Eficiência Energética em Data Centers” (Best Practice Guidelines for the EU Code of Conduct on Data Centre Energy Efficiency), documento que serve como um marco regulatório e orientativo para a operação e design de data centers em busca de otimização energética e sustentabilidade. A aderência a estas diretrizes não apenas reforça o compromisso com a eficiência energética, mas também assegura que as operações dos data centers estejam alinhadas com as práticas mais avançadas e responsáveis do setor, garantindo uma infraestrutura tecnológica mais verde, eficiente e sustentável para o futuro.

Grupo de Aprovação Multidisciplinar

O conceito de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar em data centers é fundamental para garantir que as decisões tomadas reflitam uma compreensão abrangente e integrada de todas as áreas impactadas pela operação dessas instalações críticas. Este grupo é essencialmente uma equipe formada por representantes de várias disciplinas dentro da organização, cada um trazendo sua expertise específica para o processo de tomada de decisão. Vamos explorar mais a fundo a importância, composição e funções desse grupo.

A Importância de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar

A complexidade de um data center é tal que decisões tomadas em isolamento, sem considerar as interdependências entre diferentes áreas, podem levar a resultados subótimos ou até prejudiciais. Por exemplo, uma decisão sobre a aquisição de novo hardware de TI pode ter implicações significativas não apenas para o orçamento, mas também para a capacidade de refrigeração necessária, o consumo de energia, e a gestão do espaço físico. A formação de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar assegura que todas essas considerações sejam avaliadas de forma holística.

Composição do Grupo

A composição desse grupo é deliberadamente diversificada para abranger todas as áreas-chave envolvidas na gestão de um data center. Tipicamente, inclui:

  • Gerência Sênior: Fornece uma visão estratégica e assegura que as decisões estejam alinhadas com os objetivos de negócios da organização.
  • TI (Tecnologia da Informação): Representa as necessidades e requisitos do núcleo tecnológico, incluindo hardware, software e rede.
  • Engenharia M&E (Mecânica e Elétrica): Especialistas em infraestrutura física, focados em alimentação elétrica, climatização e outras necessidades físicas do data center.
  • Software/Aplicações: Foca nas necessidades específicas das aplicações que serão hospedadas no data center, garantindo que o ambiente seja capaz de suportá-las adequadamente.
  • Aquisições: Responsável por avaliar fornecedores, negociar contratos e adquirir equipamentos e serviços dentro dos parâmetros de custo e qualidade.

Funções e Benefícios

O Grupo de Aprovação Multidisciplinar tem várias funções essenciais, incluindo:

  • Avaliação Holística: Garantir que todas as decisões sejam tomadas com uma compreensão completa de seus impactos em todas as áreas do data center.
  • Governança e Conformidade: Assegurar que as decisões estejam em conformidade com as normas e padrões aplicáveis, como ANSI/TIA-942, BICSI-002, e ISO/IEC 22237.
  • Otimização de Recursos: Promover a utilização eficiente dos recursos, identificando oportunidades para melhorar a eficiência energética, a gestão do espaço e a capacidade de refrigeração.
  • Inovação e Melhoria Contínua: Encorajar a adoção de novas tecnologias e práticas que possam melhorar a operação e sustentabilidade do data center.

A implementação de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar é, portanto, um passo crítico para qualquer organização que busca otimizar suas operações de data center de maneira sustentável e eficiente, garantindo que todas as decisões sejam informadas, estratégicas e alinhadas com os objetivos globais da empresa.

Conhecendo Seu Data Center: Auditoria Física e Lógica

Para otimizar um data center de maneira eficaz, é fundamental ter um conhecimento aprofundado sobre os ativos e recursos disponíveis. A auditoria, tanto do estado físico quanto lógico dos componentes do data center, emerge como o passo inicial e crucial nesse processo. Essa abordagem meticulosa permite uma compreensão detalhada dos equipamentos em operação e dos serviços que estão sendo fornecidos.

Implementação de Ferramentas de Gestão Baseadas em ITIL

A adoção de um Banco de Dados de Gerenciamento de Configuração (CMDB, na sigla em inglês) e de um Catálogo de Serviços, ambos conceitos fundamentais da Information Technology Infrastructure Library (ITIL), é altamente recomendada. Essas ferramentas são essenciais para manter um registro organizado e atualizado dos ativos de TI e dos serviços oferecidos pelo data center.

Banco de Dados de Gerenciamento de Configuração (CMDB)

O CMDB é uma base de dados que armazena informações sobre os elementos de configuração (ECs) importantes dentro da infraestrutura de TI. No contexto de um data center, isso inclui:

  • Detalhes sobre hardware, como servidores, switches, e dispositivos de armazenamento.
  • Informações sobre software, incluindo sistemas operacionais, aplicativos e licenças.
  • Configurações de rede e relações entre os diferentes componentes de TI.

Ao manter essas informações atualizadas, o CMDB oferece uma visão holística do ambiente de TI, facilitando a identificação de dependências e o impacto de mudanças e falhas potenciais.

Catálogo de Serviços

O Catálogo de Serviços, por sua vez, é um documento ou sistema que lista todos os serviços de TI disponíveis, incluindo descrições detalhadas, usuários ou departamentos destinatários, e informações sobre como solicitar cada serviço. Ele serve como uma ponte entre a TI e seus usuários, esclarecendo o que está disponível e como acessar os serviços necessários.

Benefícios da Auditoria e da Implementação de ITIL

  • Visibilidade Aumentada: Ter visibilidade completa sobre os ativos físicos e lógicos permite que a equipe de TI gerencie melhor os recursos, antecipe necessidades de manutenção e planeje upgrades de forma proativa.
  • Otimização de Recursos: Identificar equipamentos subutilizados ou obsoletos e serviços redundantes pode levar a uma otimização significativa, reduzindo custos e melhorando a eficiência operacional.
  • Melhoria Contínua: Com um registro detalhado e organizado, torna-se mais fácil identificar áreas para melhorias contínuas, seja em termos de desempenho, segurança ou conformidade.
  • Gestão de Mudanças: Facilita a gestão de mudanças ao proporcionar um entendimento claro do ambiente atual e como as alterações propostas afetarão o sistema como um todo.

Em resumo, a realização de uma auditoria abrangente, tanto física quanto lógica, combinada com a implementação de práticas inspiradas na ITIL, como o CMDB e o Catálogo de Serviços, coloca o data center em uma posição de força para otimização e crescimento sustentável. Essa estratégia não apenas simplifica a gestão de recursos, mas também pavimenta o caminho para melhorias contínuas e uma operação mais eficiente

Descomissionamento e Remoção de Equipamentos Inativos

O descomissionamento e a remoção de equipamentos inativos constituem uma etapa crucial na gestão eficiente de um data center. Equipamentos que não estão mais em uso ou que não suportam serviços ativos, incluindo plataformas de teste e desenvolvimento que se tornaram obsoletas, representam um desperdício significativo de espaço e recursos valiosos. Essa prática não só é fundamental para otimizar o uso do espaço físico dentro do data center, mas também desempenha um papel importante na redução do consumo de energia, alinhando-se assim aos objetivos de sustentabilidade.

Processo de Descomissionamento e Remoção

Identificação de Equipamentos Inativos: O primeiro passo envolve a identificação cuidadosa de todos os equipamentos inativos ou obsoletos. Isso pode ser realizado através de auditorias regulares e revisões do inventário, utilizando ferramentas de gestão de ativos e dados de monitoramento para identificar hardware que não está mais servindo a propósitos produtivos.

Avaliação e Planejamento: Após a identificação, é essencial avaliar o impacto potencial do descomissionamento de cada peça de equipamento. Isso inclui verificar dependências, avaliar a possibilidade de reutilização em outros contextos dentro do data center ou em outras instalações, e planejar a remoção de forma que minimize a interrupção das operações.

Execução Segura e Responsável: O descomissionamento e a remoção devem ser executados de maneira segura e responsável. Isso envolve garantir que todos os dados contidos nos dispositivos sejam adequadamente apagados, seguindo padrões de segurança para a eliminação de dados. Além disso, é importante considerar as melhores práticas ambientais para o descarte ou reciclagem de hardware, seguindo regulamentações locais e internacionais pertinentes.

Benefícios do Descomissionamento e Remoção

Otimização do Espaço: A remoção de equipamentos inativos libera espaço valioso dentro do data center, que pode ser melhor utilizado para acomodar hardware mais moderno e eficiente, ou para outras necessidades operacionais.

Redução do Consumo de Energia: Equipamentos obsoletos ou inativos muitas vezes continuam consumindo energia, mesmo sem suportar serviços ativos. Sua remoção contribui para a redução do consumo de energia geral do data center, o que não apenas resulta em economia de custos, mas também minimiza a pegada de carbono da instalação.

Contribuição para a Sustentabilidade: Além de reduzir o consumo de energia, o processo de descomissionamento e remoção de equipamentos inativos alinha-se com práticas de sustentabilidade, ao promover o uso eficiente de recursos e incentivando a reciclagem e o descarte responsável de hardware.

Em suma, o descomissionamento e a remoção de equipamentos inativos são etapas essenciais para a manutenção da eficiência operacional e sustentabilidade de um data center. Esse processo não apenas maximiza o uso do espaço e recursos disponíveis, mas também reforça o compromisso com práticas ambientalmente responsáveis. Ao adotar uma abordagem sistemática e responsável para o descomissionamento, os data centers podem melhorar significativamente seu desempenho operacional e contribuir para um futuro mais sustentável.

Otimizando com a Consolidação de Serviços

A consolidação dos serviços existentes em um data center é um processo estratégico que visa otimizar o uso de recursos de hardware, que frequentemente são subutilizados, operando bem abaixo de sua capacidade total. Esta subutilização não só representa um desperdício de recursos valiosos, mas também contribui para custos operacionais e de energia desnecessariamente altos. Através da implementação de tecnologias de compartilhamento de recursos, como a virtualização, é possível realizar uma consolidação eficaz dos serviços, melhorando a utilização dos recursos físicos e, consequentemente, otimizando o desempenho geral do data center.

Implementação de Tecnologias de Compartilhamento de Recursos

Virtualização: A virtualização é a espinha dorsal da consolidação de serviços. Ela permite que múltiplas instâncias de sistemas operacionais e aplicações sejam executadas em um único servidor físico, compartilhando seus recursos. Isso não só aumenta a eficiência na utilização do hardware, mas também facilita a gestão e a escalabilidade dos serviços.

Containers: Os containers oferecem uma abordagem mais leve à virtualização, permitindo que aplicações sejam empacotadas com todas as suas dependências, o que facilita a movimentação entre diferentes ambientes de computação. Isso otimiza ainda mais o uso dos recursos de hardware, ao mesmo tempo em que proporciona uma gestão simplificada dos serviços.

Benefícios da Consolidação de Serviços

Otimização do Uso do Hardware: Ao consolidar serviços que utilizam apenas uma fração de sua capacidade de hardware, maximiza-se a utilização desses recursos. Isso significa que menos hardware é necessário para suportar a mesma quantidade de trabalho, o que pode levar a uma redução significativa no investimento em novos equipamentos.

Economia nos Custos Operacionais e de Energia: A consolidação de serviços reduz o número de servidores físicos necessários, o que, por sua vez, diminui o consumo de energia e os custos de refrigeração. Além disso, com menos hardware para gerenciar, os custos operacionais associados à manutenção e ao suporte técnico também são reduzidos.

Melhoria na Eficiência Operacional: A gestão de um ambiente consolidado é inerentemente mais eficiente. Com menos servidores físicos para monitorar e manter, as equipes de TI podem focar em melhorias operacionais e inovações, ao invés de se ocuparem com a manutenção de uma infraestrutura inchada e subutilizada.

Contribuição para a Sustentabilidade: A consolidação de serviços contribui diretamente para as iniciativas de sustentabilidade do data center, reduzindo o consumo de energia e a pegada de carbono. Menos hardware e um uso mais eficiente da energia alinham-se com objetivos ambientais mais amplos, reforçando o compromisso do data center com práticas sustentáveis.

Em resumo, a consolidação dos serviços existentes por meio de tecnologias de compartilhamento de recursos como a virtualização é uma estratégia essencial para otimizar o uso do hardware em data centers. Esta abordagem não só melhora significativamente a utilização dos recursos físicos, mas também oferece economias consideráveis nos custos operacionais e de energia, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade e eficiência operacional. Implementar uma estratégia de consolidação bem planejada é, portanto, fundamental para qualquer data center que busca otimizar suas operações e seu impacto ambiental.

Estratégias Eficientes de Gerenciamento Térmico

O gerenciamento térmico eficiente é um pilar fundamental na operação de data centers, não apenas para garantir a confiabilidade e o desempenho ótimo dos dispositivos de TI, mas também para otimizar o consumo de energia e reduzir os custos operacionais. Uma das estratégias mais eficazes para alcançar uma gestão térmica adequada é o design de corredores quentes e frios, complementado pela contenção de ar. Esta abordagem não só melhora significativamente a eficiência do resfriamento, mas também se adapta de forma flexível às variações de carga térmica dos dispositivos de TI.

Design de Corredores Quentes e Frios

O design de corredores quentes e frios envolve a organização física dos racks de servidores de maneira que os exaustores de todos os equipamentos estejam voltados para o mesmo lado (corredor quente), enquanto as entradas de ar estão voltadas para o lado oposto (corredor frio). Essa configuração cria zonas distintas de ar frio e quente dentro do data center, permitindo uma separação clara entre o ar que está sendo resfriado para ser usado pelos equipamentos e o ar que já foi aquecido por eles.

Benefícios do Design de Corredores Quentes e Frios

Eficiência no Resfriamento: Ao separar claramente o ar frio do ar quente, evita-se a mistura de ar quente com ar frio, aumentando a eficiência do sistema de resfriamento.

Redução de Custos de Energia: A eficiência aprimorada na refrigeração resulta em menor consumo de energia, o que se traduz em economias significativas nos custos de energia.

Maior Confiabilidade dos Equipamentos: A manutenção de temperaturas operacionais ótimas aumenta a confiabilidade e a vida útil dos dispositivos de TI.

Contenção de Ar

A contenção de ar é uma prática que aprimora ainda mais a estratégia de corredores quentes e frios. Pode ser implementada de duas formas principais: contenção de corredor frio e contenção de corredor quente.

Contenção de Corredor Frio

Na contenção de corredor frio, os corredores onde o ar frio é introduzido são fechados, geralmente com portas nas extremidades e coberturas no topo. Isso assegura que o ar frio seja direcionado exclusivamente para a entrada dos equipamentos, aumentando a eficiência do resfriamento.

Contenção de Corredor Quente

Similarmente, na contenção de corredor quente, os corredores por onde o ar quente é exaurido são fechados. Isso facilita a remoção eficiente do ar quente do ambiente, permitindo que o sistema de resfriamento opere com maior eficiência.

Adaptação às Variações de Carga Térmica

Um dos aspectos mais valiosos da implementação de corredores quentes e frios, juntamente com a contenção de ar, é a capacidade de adaptar-se rapidamente às variações de carga térmica dos dispositivos de TI. À medida que a demanda de processamento varia, a geração de calor pelos equipamentos também muda. A estratégia de corredores quentes e frios, especialmente quando combinada com sistemas de contenção de ar, permite ajustes mais rápidos e precisos nos sistemas de climatização, garantindo que as condições ideais de operação sejam mantidas constantemente.

Em conclusão, a implementação cuidadosa do design de corredores quentes e frios, complementada pela contenção de ar, representa uma estratégia sofisticada e altamente eficaz para o gerenciamento térmico em data centers. Esta abordagem não só assegura uma operação eficiente e confiável dos dispositivos de TI, mas também promove uma significativa economia de energia, alinhando-se com os objetivos de sustentabilidade e eficiência operacional dos data centers modernos.

Aproveitando o Free Cooling

O free cooling representa uma abordagem inovadora e sustentável para o resfriamento de data centers, capitalizando sobre as condições ambientais externas para reduzir a dependência de sistemas de refrigeração mecânica, como ar-condicionado e chillers. Essa técnica não só promove uma operação mais verde e eficiente em termos energéticos, mas também pode resultar em economias substanciais de custos operacionais a longo prazo. No entanto, a implementação efetiva do free cooling em data centers, especialmente naqueles situados em zonas tropicais, requer uma análise cuidadosa e uma abordagem adaptada às condições climáticas específicas dessas regiões.

Desafios do Free Cooling em Zonas Tropicais

Zonas tropicais apresentam desafios únicos para a implementação de free cooling devido às suas condições climáticas características, que incluem temperaturas elevadas durante todo o ano e alta umidade. Esses fatores podem limitar a eficácia do free cooling, uma vez que o ar externo pode não estar suficientemente frio para ser usado diretamente no resfriamento do ambiente interno, ou pode requerer tratamento adicional para reduzir sua umidade a níveis aceitáveis para a operação segura dos equipamentos de TI.

Estratégias para Maximizar a Eficiência do Free Cooling em Zonas Tropicais

1. Análise Climática Detalhada:
Antes de implementar o free cooling, é crucial realizar uma análise climática detalhada da região onde o data center está localizado. Isso inclui não apenas a temperatura média, mas também a variação diurna e sazonal, bem como a umidade relativa. Essa análise ajudará a identificar períodos do ano ou do dia em que o free cooling seria mais eficaz.

2. Tecnologias de Tratamento do Ar:
Para lidar com a alta umidade, podem ser utilizadas tecnologias de tratamento do ar, como desumidificadores ou sistemas de resfriamento indireto, que permitem o uso do free cooling sem introduzir umidade excessiva no ambiente interno. Essas tecnologias podem ser combinadas com sistemas de controle inteligente para otimizar a operação com base nas condições ambientais em tempo real.

3. Sistemas Híbridos de Resfriamento:
Em zonas tropicais, o free cooling pode ser mais eficaz quando usado como parte de um sistema híbrido, complementando, em vez de substituir completamente, o resfriamento mecânico. Por exemplo, durante as horas mais frias do dia ou em estações mais amenas, o free cooling pode ser utilizado para reduzir a carga sobre os sistemas de refrigeração mecânica, maximizando a eficiência energética.

4. Isolamento e Vedação Eficientes:
Para maximizar os benefícios do free cooling, é essencial garantir que o data center esteja bem isolado e vedado, minimizando a troca de calor indesejada com o ambiente externo. Isso inclui a implementação de barreiras de vapor e isolamento térmico eficaz nas paredes, tetos e pisos.

5. Adaptação Arquitetônica:
A concepção arquitetônica do data center pode ser adaptada para facilitar o free cooling, como a orientação do edifício para aproveitar os ventos predominantes ou a inclusão de elementos arquitetônicos que promovam a ventilação natural.

A implementação de free cooling em data centers localizados em zonas tropicais demanda uma abordagem cuidadosa e personalizada, considerando as peculiaridades climáticas da região. Apesar dos desafios, com planejamento adequado e a utilização de tecnologias adaptadas, é possível maximizar a eficiência do free cooling, reduzindo significativamente a dependência de refrigeração mecânica, os custos operacionais e o impacto ambiental. Investigar a viabilidade do free cooling, especialmente em novas construções ou atualizações de sistemas existentes, é um passo fundamental para data centers que buscam operações mais sustentáveis e eficientes.

Conclusão: Rumo a Data Centers Mais Eficientes e Sustentáveis

As práticas abordadas neste guia são cruciais para a operação eficiente e sustentável de um data center. A adoção dessas recomendações não apenas melhora o desempenho operacional, mas também contribui significativamente para a redução do impacto ambiental. Encorajamos todos os profissionais de data center a integrar essas práticas em suas operações, buscando continuamente melhorias para manter seus ambientes de TI resilientes e eficientes.

Este artigo serve como um ponto de partida essencial para aqueles que estão começando a explorar o fascinante mundo dos data centers, oferecendo uma base sólida de práticas recomendadas que garantem a eficiência e a sustentabilidade dessas infraestruturas indispensáveis.

Implementando Novos Equipamentos de TI com Eficiência em Data Centers

Introdução

Na era digital contemporânea, os data centers emergem como os pilares fundamentais que sustentam o colossal volume de processamento de dados e serviços de infraestrutura de TI que impulsionam negócios e comunicações globais. A eficiência energética dessas instalações críticas transcende a mera redução de custos operacionais, posicionando-se como um componente vital para a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade corporativa. Este artigo é um compêndio destinado a orientar gestores de TI, engenheiros de infraestrutura e técnicos sobre metodologias para a implementação de novos equipamentos de TI em data centers, com ênfase na maximização da eficiência energética e na promoção de práticas sustentáveis.

A Eficiência Energética como Pilar de Sustentabilidade em Data Centers

A Crucialidade da Eficiência Energética

A eficiência energética em data centers é uma questão multifacetada que abrange a economia de custos operacionais, a minimização do impacto ambiental e a otimização do desempenho do equipamento. A demanda por serviços de data center está em uma trajetória ascendente, impulsionada pela proliferação de dispositivos conectados, a expansão do armazenamento em nuvem e o crescimento exponencial do big data. A eficiência energética torna-se, portanto, um elemento crítico para a sustentabilidade, permitindo que os data centers atendam a essa demanda crescente de maneira responsável e econômica.

Normas e Padrões que Moldam a Eficiência Energética

A aderência a normas e padrões internacionais é imperativa para assegurar a eficiência energética em data centers. Normas como as da American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE), especificamente as diretrizes ASHRAE Class A2, fornecem um conjunto de parâmetros para a operação e design de data centers eficientes. Da mesma forma, a ISO/IEC e a legislação da União Europeia estabelecem critérios rigorosos para a eficiência energética de equipamentos de TI, promovendo práticas que reduzem o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa. Confira nosso artigo sobre normas para data centers.

Estratégias para a Seleção de Equipamentos de TI Eficientes

Priorizando a Eficiência Energética na Escolha do Hardware

A seleção de novos equipamentos de TI deve ser guiada por uma avaliação criteriosa da eficiência energética. A performance energética de um dispositivo deve ser um fator decisivo no processo de aquisição, influenciando a escolha de hardware de TI. Métricas como as fornecidas pelo Standard Performance Evaluation Corporation (SPEC) através de ferramentas como SERT (System Energy Efficiency Ratio Test) e SPECPower servem como benchmarks confiáveis para avaliar e comparar a eficiência energética de dispositivos de hardware.

Considerações sobre Temperatura e Umidade na Operação de Equipamentos

Os equipamentos de TI devem ser selecionados com base em sua capacidade de operar eficientemente em uma gama de temperaturas e umidades, conforme estabelecido pelas diretrizes ambientais da ASHRAE. A escolha de dispositivos que funcionam dentro dos parâmetros da Classe A2 da ASHRAE garante que eles operem de maneira eficiente sob uma variedade de condições ambientais, mantendo a integridade da garantia e prolongando a vida útil do equipamento.

Avaliando o Consumo de Energia em Função da Temperatura

O consumo de energia dos equipamentos de TI pode variar significativamente com a temperatura do ambiente em que estão operando. Ao selecionar novos dispositivos, é crucial exigir dos fornecedores informações detalhadas sobre o consumo total de energia em uma gama de temperaturas, abrangendo toda a faixa de temperatura admissível para o equipamento. Isso é particularmente importante para data centers que operam em ambientes com temperaturas variáveis, pois permite uma avaliação precisa do impacto térmico sobre o consumo de energia.

Operação Eficiente dos Equipamentos de TI

O Papel do Gerenciamento de Energia na Implantação de Equipamentos

A ativação de recursos de gerenciamento de energia é um passo crítico durante a implantação de novos equipamentos. Configurações de BIOS, sistemas operacionais e drivers devem ser otimizados para promover a eficiência energética. Essas configurações ajudam a reduzir o consumo de energia desnecessário e a melhorar a eficiência operacional dos dispositivos recém-instalados.

Virtualização: Otimizando o Uso de Hardware

A virtualização é uma técnica que permite a consolidação de múltiplos serviços em uma única plataforma de hardware, otimizando o uso de recursos e reduzindo a necessidade de equipamentos dedicados. A implementação de uma política que exige a aprovação de negócios sênior para a aquisição de hardware dedicado incentiva a consideração da virtualização como uma alternativa viável, promovendo a eficiência energética e a utilização de recursos.

Melhorando a Eficiência do Fluxo de Ar em Data Centers

Implementando o Conceito de Corredores Quentes e Frios

O design de corredores quentes e frios é uma estratégia efetiva para gerenciar o fluxo de ar e melhorar a eficiência do resfriamento em data centers. Este conceito envolve a criação de corredores dedicados para o ar frio e quente, minimizando a mistura de ar e otimizando o uso de energia para resfriamento. A implementação correta dessa estratégia pode resultar em economias significativas de energia e melhorar a eficiência operacional do data center.

Alinhando a Direção do Fluxo de Ar com o Design do Data Center

A eficiência do resfriamento em data centers é fortemente influenciada pela direção do fluxo de ar dos equipamentos de TI. Ao integrar novos dispositivos, é essencial garantir que a direção do fluxo de ar esteja alinhada com o design do data center. Equipamentos que desviam do fluxo de ar padrão devem ser adaptados com mecanismos corretivos, como dutos ou gabinetes especiais, para assegurar que o ar seja direcionado de forma eficiente, mantendo a integridade do sistema de resfriamento.

Conclusão

A implementação de novos equipamentos de TI em data centers oferece uma oportunidade única para melhorar a eficiência energética e operacional. Adotando as práticas recomendadas e seguindo as diretrizes estabelecidas por organizações respeitadas, como ASHRAE, ISO/IEC e a União Europeia, os gestores de data centers podem garantir que seus equipamentos sejam não apenas poderosos e confiáveis, mas também sustentáveis e econômicos. A eficiência energética deve ser uma prioridade em todas as etapas do processo, desde a seleção de hardware até o design da infraestrutura e a implementação de estratégias de virtualização.

Referências

Para uma compreensão mais profunda das normas e padrões mencionados neste artigo, os leitores são encorajados a consultar diretamente as fontes, incluindo as diretrizes da ASHRAE, as normas ISO/IEC, a legislação da União Europeia, bem como as diretrizes específicas do Uptime Institute e The Green Grid para práticas de eficiência em data centers. Consulte também nosso artigo sobre o selo CEEDA de eficiência energética para data centers.

Este artigo é um convite para que profissionais da área de data centers reflitam sobre suas práticas atuais e busquem continuamente a inovação e a eficiência na gestão de seus equipamentos de TI, com o objetivo de alcançar a excelência operacional e a sustentabilidade ambiental.

A Evolução da Fibra Óptica: Uma Trajetória de Inovação e Crescimento

A fibra óptica, desde sua nascente invenção na década de 1950, percorreu um caminho notável de aprimoramento e expansão, e tem sido uma das tecnologias mais revolucionárias do século XXI. Essa tecnologia, que revolucionou a maneira como nos comunicamos e transmitimos dados, continua a evoluir a passos largos, prometendo um futuro ainda mais conectado e veloz. Vamos explorar a evolução dessa tecnologia, desde suas origens até as tendências futuras.

Histórico e Evolução

A fibra óptica foi produzida pela primeira vez nos anos 60, com a primeira rede telefônica baseada nessa tecnologia inaugurada em 1973 nos EUA. No Brasil, a fibra óptica começou a ser utilizada em 1977, em pesquisas na Unicamp em parceria com a Telebrás. Desde então, a tecnologia se disseminou rapidamente, com a demanda crescendo exponencialmente nos últimos anos.

Principais Marcos na Jornada da Fibra Óptica:

  • Década de 1970: As primeiras fibras ópticas eram grossas e frágeis, limitando seu uso a aplicações específicas.
  • Década de 1980: O desenvolvimento de fibras mais finas e resistentes impulsionou a adoção da tecnologia em telecomunicações.
  • Década de 1990: A internet e o crescimento da banda larga impulsionaram a demanda por fibra óptica, impulsionando inovações.
  • Década de 2000: A multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM) multiplicou a capacidade de transmissão de dados.
  • Década de 2010: A fibra óptica se torna cada vez mais presente nas redes de acesso, conectando casas e empresas.
  • Década de 2020: A virtualização, a Internet das Coisas (IoT) e o 5G exigem ainda mais capacidade, impulsionando novas tecnologias como a fibra óptica multi-núcleo.

Aumento na Taxa de Transmissão

Com o aumento da demanda por banda larga e, consequentemente, da velocidade da internet, a rede óptica foi alterando-se mais rapidamente, crescendo mais de 400 vezes nos últimos dez anos. Nas primeiras décadas, as velocidades eram de megabits por segundo (Mb/s), e hoje as tecnologias mais recentes permitem velocidades de terabits por segundo (Tb/s). Porém, recentemente, um novo recorde foi estabelecido na velocidade de transmissão de dados, atingindo o patamar de 1 Petabit por segundo através de uma fibra óptica monomodo padrão. Este novo recorde significa um aumento da taxa de transmissão de dados em fibras ópticas monomodo padrão em 5,7 vezes.

Evolução do Preço

O custo da fibra óptica também diminuiu significativamente ao longo dos anos. Isso se deve a vários fatores, como o aumento da produção, a padronização da tecnologia e a competitividade entre os fabricantes. Portanto, é possível observar uma tendência geral de queda nos preços à medida que a tecnologia se torna mais comum e a concorrência aumenta. Essa queda no preço tornou a fibra óptica mais acessível para operadoras e consumidores.

Quantidade de Fibra Instalada no Mundo

A quantidade de fibra óptica instalada no mundo tem crescido rapidamente. No Brasil, mais de 4.500 municípios estão conectados por fibras ópticas às redes nacionais. Globalmente, estima-se que existam mais de 70 milhões de casas, apartamentos e residências conectadas por fibra óptica, e que haja mais de 1 bilhão de quilômetros de fibra óptica em operação no planeta.

Estimativas de Crescimento e Evolução para os Próximos Anos

Especialistas e empresários do ramo indicam que a tendência é que o crescimento da fibra óptica se mantenha estável nos próximos anos, impulsionado pela demanda por maior capacidade de banda larga, conectividade 5G e outras tecnologias emergentes. Com o contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e a crescente demanda por velocidades de internet mais rápidas, é provável que a fibra óptica continue a desempenhar um papel crucial na infraestrutura de comunicação global.

Tendências para o Futuro:

  • Fibra óptica multi-núcleo: permite transmitir múltiplos sinais de luz em um único núcleo, aumentando sua capacidade.
  • Fibra óptica amplificada: amplifica os sinais ópticos, permitindo transmissões de longa distância sem perda de qualidade.
  • Fibra óptica flexível: mais resistente a danos e curvaturas, facilitando a instalação em ambientes desafiadores.

A fibra óptica continuará a ser a espinha dorsal da infraestrutura de comunicação global, conectando o mundo e possibilitando novas aplicações e serviços que ainda nem podemos imaginar.

Conclusão

A história da fibra óptica é um exemplo notável de inovação e progresso tecnológico. A fibra óptica transformou a maneira como nos comunicamos e interagimos com o mundo digital. Com sua capacidade de transmitir grandes quantidades de dados a velocidades incríveis, a fibra óptica continuará a ser uma tecnologia crucial para o futuro das comunicações, abrindo portas para um mundo cada vez mais conectado, veloz e eficiente.

O Programa CEEDA de Certificação de Data Centers em Eficiência Energética

O Certified Energy Efficient Datacenter Award (CEEDA) é um programa de certificação global, avaliado de forma independente, projetado para reconhecer a aplicação das melhores práticas de eficiência energética em data centers. Gerenciar um data center requer várias disciplinas especializadas, e o CEEDA foi criado para fornecer um processo de avaliação no qual os padrões dessas disciplinas são combinados para fornecer uma avaliação otimizada e holística das práticas de eficiência energética em condições do mundo real.

Estrutura do CEEDA

A estrutura do CEEDA é baseada em uma combinação de padrões, incluindo ASHRAE, Energy Star, ETSI, ISO, bem como o Código Europeu de Conduta e métricas Green Grid. Essa combinação fornece uma avaliação da eficiência energética e também das principais práticas de sustentabilidade com foco em energia, materiais, economia circular e o impacto de 8 dos 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Interface gráfica do usuário

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

Níveis de Certificação

A avaliação compreende uma estrutura graduada cumulativa desses critérios práticos. Para instalações em conformidade, a certificação resultante pode ser concedida nos níveis crescentes de Bronze, Prata e Ouro. A avaliação é um processo cumulativo – para ganhar Prata, o data center deve atender suficientemente ao nível Bronze. Para atingir o nível Gold, o data center deve atender suficientemente aos níveis Bronze e Silver.

Benefícios do CEEDA

O CEEDA oferece vários benefícios para as organizações. Ele permite que as organizações demonstrem publicamente sua liderança em Responsabilidade Social Corporativa (CSR). Além disso, o processo de avaliação auditada verifica de forma independente as principais métricas de desempenho, como Eficiência no Uso de Energia (PUE), métricas avançadas, como CUE/WUE, e o mix específico de energia do local. As instalações certificadas se beneficiam de um aumento médio de 5% a 15% na eficiência energética, bem como uma análise das lacunas operacionais em relação às melhores práticas mundialmente reconhecidas, proporcionando maior potencial para minimizar o impacto do carbono.

CEEDA no Brasil

No Brasil, a certificação CEEDA já está consolidada. Uma das empresas que conquistou a certificação no país foi a Embratel/Claro. Após receber, em 2016, a certificação “CEEDA in Progress” para o Data Center Lapa, a Embratel atingiu o nível Prata, após avaliação de um conjunto de critérios diferenciados, com base nas melhores práticas.

Por sua vez, a Dataprev, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência, investiu mais de R$ 200 milhões na modernização de seus Data Centers e buscou certificações para suportar e atender as necessidades das políticas públicas do Brasil. Em 2018, tornou-se a primeira empresa pública da América Latina a receber o selo CEEDA, que atesta as melhores práticas de eficiência energética de seus três Data Centers e confirma que a gestão e operação dos ambientes estão alinhadas com a estratégia de sustentabilidade operacional da empresa. Em resumo, o CEEDA é uma ferramenta valiosa para as organizações que buscam melhorar a eficiência energética de seus data centers. Ele fornece um quadro para avaliar o desempenho atual, identificar áreas de melhoria e demonstrar compromisso com a sustentabilidade. Para mais informações, visite o site oficial do CEEDA.

Normas Para Data Centers

Este artigo tem o objetivo de relacionar todas as normas diretamente relacionadas ao mundo de Infraestrutura de Data Centers. Aqui estão relacionadas normas nacionais (ABNT), internacionais (ISO) e norte-americanas (ANSI). Estas listas são periodicamente revisadas, mas se você constatar que tem alguma norma desatualizada, por favor envie um e-mail para o autor para que ele possa atualizar esta lista (marcelo@claritytreinamentos.com.br)

Normas brasileiras

  • ABNT NBR 16665:2019 – Cabeamento estruturado para data centers (baseada na ISO/IEC 11801-5)
  • ABNT NBR 17040:2022 – Equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas (baseada na ISO/IEC 30129)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-1:2023 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 1: Conceitos gerais
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-2 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 2: Construção do edifício (em desenvolvimento)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-3:2023 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 3: Distribuição de energia
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-4:2023 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 4: Controle ambiental
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-5 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 5: Infraestrutura de cabeamento de telecomunicações (em desenvolvimento)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-6 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 6: Sistemas de segurança (em desenvolvimento)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-7 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 7: Informações operacionais e de gerenciamento (em desenvolvimento)

O curso DC100 (Fundamentos em Infraestrutura de data centers) pré-gravado introduz o aluno ao mundo dos data centers, apresentando os fundamentos dos principais elementos e disciplinas de engenharia que compõe a infraestrutura desses ambientes críticos de processamento e armazenamento de dados – os data centers. Clique aqui e se matricule agora!


Normas internacionais

  • ISO/IEC TR 20913:2016 – Information technology – Data centres – Guidelines on holistic investigation methodology for data centre key performance indicators
  • ISO/IEC 21836:2020 – Information technology – Data centres – Server energy effectiveness metric
  • ISO/IEC TR 21897:2022 – Information technology – Data centres – Impact of the ISO 52000 series on energy performance of buildings
  • ISO/IEC 22237-1:2021 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 1: General concepts
  • ISO/IEC 22237-2:2024 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 2: Building construction
  • ISO/IEC 22237-3:2021 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 3: Power distribution
  • ISO/IEC 22237-4:2021 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 4: Environmental control
  • ISO/IEC TS 22237-5:2018 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 5: Telecommunications cabling infrastructure
  • ISO/IEC 22237-6:2024 –Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 6: Security systems
  • ISO/IEC TS 22237-7:2018 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 7: Management and operational information
  • ISO/IEC TS 22237-30:2022 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 30: Earthquake risk and impact analysis
  • ISO/IEC TS 22237-31:2023 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 31: Key performance indicators for resilience
  • ISO/IEC TR 23050:2019 – Information technology – Data centres – Impact on data centre resource metrics of electrical energy storage and export
  • ISO/IEC 23544:2021 – Information Technology – Data centres – Application Platform Energy Effectiveness (APEE)
  • ISO/IEC TR 30133:2023 – Information technology – Data centres – Practices for resource-efficient data centres
  • ISO/IEC 30134-1:2016 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 1: Overview and general requirements
  • ISO/IEC 30134-2:2016 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 2: Power usage effectiveness (PUE)
  • ISO/IEC 30134-3:2016 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 3: Renewable energy factor (REF)
  • ISO/IEC 30134-4:2017 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 4: IT Equipment Energy Efficiency for servers (ITEEsv)
  • ISO/IEC 30134-5:2017 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 5: IT Equipment Utilization for servers (ITEUsv)
  • ISO/IEC 30134-6:2021 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 6: Energy Reuse Factor (ERF)
  • ISO/IEC 30134-7:2023 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 7: Cooling efficiency ratio (CER)
  • ISO/IEC 30134-8:2022 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 8: Carbon usage effectiveness (CUE)
  • ISO/IEC 30134-9:2022 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 9: Water usage effectiveness (WUE)

Normas norte-americanas

  • ANSI/TIA-942-B-2017: Telecommunications Infrastructure Standard for Data Centers
  • ANSI/BICSI-002-2014: Data Center Design and Implementation Best Practices
  • ANSI/BICSI-009-2019: Data Center Operations and Maintenance Best Practices

Cabos Submarinos de Fibra Óptica

Os cabos submarinos de fibra óptica são uma parte crucial da infraestrutura global de comunicações, permitindo a transmissão rápida e eficiente de dados através dos oceanos. Este artigo explora a história, a tecnologia e a importância crescente desses cabos.

O que são Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

Um cabo submarino de fibra óptica é um cabo que é colocado no leito do mar entre estações terrestres para transportar sinais de telecomunicações através de trechos de oceano e mar. Os modernos cabos submarinos usam tecnologia de fibra óptica para transportar dados digitais, que incluem tráfego telefônico, Internet e dados privados.

História dos Cabos Submarinos

Os primeiros cabos submarinos de comunicações foram instalados a partir da década de 1850 e transportavam tráfego de telégrafo, estabelecendo as primeiras ligações de telecomunicações instantâneas entre continentes. Com o surgimento da tecnologia óptica na década de 1980, a comunicação de dados via cabos submarinos também migrou para a nova tecnologia, em 1988. Atualmente (início de 2024), há 574 cabos submarinos, dentre os ativos e os planejados, totalizando aproximadamente 1,4 milhões de quilômetros.

Como Funcionam os Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

Os modernos cabos submarinos usam tecnologia de fibra óptica. Lasers em uma extremidade disparam a taxas extremamente rápidas por finas fibras de vidro para receptores na outra extremidade do cabo. Essas fibras de vidro são envolvidas em camadas de plástico (e às vezes fio de aço) para proteção.

Os cabos submarinos de fibra óptica são projetados para resistir a pressões de água de até 8.000m de profundidade e têm uma estrutura de altíssima confiabilidade. Em geral, a vida útil dos cabos submarinos de fibra óptica é de cerca de 25 anos. No entanto, eles geralmente são substituídos mais cedo porque os cabos mais novos podem fornecer mais capacidade a um custo comparável e se tornam caros para serem mantidos. Vale ressaltar que a vida útil pode variar dependendo de vários fatores, incluindo as condições do ambiente marinho e a manutenção do cabo.

Qual a Sua Composição?

Os cabos submarinos de fibra óptica são compostos por várias camadas para proteger as fibras de vidro, que são responsáveis pela transmissão dos dados. Aqui está uma descrição detalhada de sua composição:

Fonte: https://gizmodo.uol.com.br/google-cabo-submarino-brasil-2/
  1. Fibras de Vidro: São as responsáveis pela transmissão dos dados.
  2. Camadas de Proteção: As fibras de vidro são envoltas em diversas camadas de plástico e metais para sobreviver ao fundo do mar. Essas camadas incluem:
    • Vaselina: Usada para proteger o cabo contra a água do mar.
    • Cobre: Usado para fornecer energia aos repetidores ao longo do cabo.
    • Policarbonato: Oferece uma camada adicional de proteção.
    • Aço: Usado para dar força ao cabo.
    • Polietileno: Usado como a última camada de proteção.

Os cabos submarinos de fibra óptica são projetados para serem resistentes e duráveis, capazes de suportar as condições extremas do fundo do mar.

Quais os Desafios Enfrentados Pelos Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

Os cabos submarinos de fibra óptica enfrentam vários desafios e problemas, incluindo:

  1. Danos Físicos: A atividade humana, principalmente a pesca e a ancoragem, é a maior causa de danos aos cabos submarinos. Barcos de pesca e navios arrastando âncoras enormes são responsáveis por dois terços dos problemas.
  2. Desastres Naturais: Terremotos, ciclones e até mesmo picadas de tubarão podem interferir nas operações dos cabos.
  3. Riscos de Segurança: A perspectiva de danos intencionais e maliciosos é grande, pois a quantidade de dados que atravessa os cabos transoceânicos continua a crescer e a dependência do armazenamento em nuvem aumenta.
  4. Riscos Cibernéticos: Com o aumento do risco geral de segurança cibernética, você pode ter cidadãos, empresas ou serviços públicos que podem ser vítimas de crimes cibernéticos, resgates ou roubo de dados.

Esses desafios destacam a importância de manter e proteger esses cabos, dada a sua importância para a infraestrutura global de comunicações.

Como é o Reparo dos Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

O custo do reparo de um cabo submarino de fibra óptica danificado pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a extensão do dano, a localização do cabo e as condições do mar. No entanto, é importante notar que o reparo de um cabo submarino é uma tarefa cara e complexa.

O processo de reparo envolve a remoção do cabo submarino do leito do mar, a identificação do local danificado, a substituição da seção danificada e a emenda do restante do cabo. Navios especiais equipados com equipamentos e equipes de reparo são necessários para realizar essas operações.

Fonte: https://bein.no/en/cable-repair-save-engineering-costs/

A maioria das empresas responsáveis por cabos submarinos somente faz manutenções do tipo quando é necessário, ou seja, quando algum problema grave é detectado. O motivo para isso é bastante simples: o custo envolvido nas operações faz com que elas precisem ser certeiras.

O tempo necessário para o reparo também pode variar. Pode levar até duas semanas para consertar o cabo, dependendo das condições climáticas e outros fatores.

Portanto, embora não seja possível fornecer um custo exato sem informações específicas, é seguro dizer que o reparo de um cabo submarino de fibra óptica danificado é uma operação cara e demorada.

A Importância dos Cabos Submarinos de Fibra Óptica

Os cabos submarinos de fibra óptica são responsáveis por mais de 99% da transmissão de dados entre os países e continentes. Eles são essenciais para as telecomunicações, sendo utilizados por diversas empresas de serviços em nuvem e companhias de streaming.

A capacidade dos cabos submarinos de fibra óptica pode variar dependendo do design e da tecnologia utilizada. No entanto, eles são capazes de transmitir volumes substanciais de dados de forma ágil e eficiente entre diferentes pontos. Por exemplo, o cabo submarino que liga o Brasil aos Estados Unidos, com uma extensão de mais de 18 mil quilômetros, tem uma capacidade de 160 Tbps, a maior para interconexão das Américas. Vale ressaltar que a capacidade pode ser afetada por vários fatores, incluindo a qualidade do sinal, a distância entre os amplificadores e a tecnologia de transmissão utilizada.

Crescimento da Utilização dos Cabos Submarinos de Fibra Óptica

A utilização de cabos submarinos de fibra óptica tem crescido significativamente ao longo dos anos. Em 1995, a distribuição entre a transmissão de dados de comunicações via cabos submarinos e satélite era de 50% para cada. Atualmente, essa relação é de 99% via cabos submarinos e 1% via satélites. A estimativa é que os investimentos no setor de cabos submarinos chegue a US$ 10 bilhões (mais de R$ 50 bilhões, no câmbio atual) entre 2022 e 2024.

As empresas que mais investem em cabos submarinos de fibra óptica incluem:

  1. Google: A gigante da tecnologia tem investido pesadamente em cabos submarinos para melhorar a infraestrutura da internet global.
  2. Facebook (agora Meta): A empresa tem feito investimentos significativos em cabos submarinos, incluindo o projeto 2Africa.
  3. Microsoft: A Microsoft é outra grande investidora em cabos submarinos, buscando melhorar a conectividade global.
  4. Amazon: A Amazon também tem investido em cabos submarinos para suportar suas operações globais.

Além dessas empresas, muitas operadoras de telecomunicações tradicionais, como AT&T, Telecom Italia Sparkle, Embratel, entre outras, também investem em cabos submarinos. Essas empresas geralmente formam consórcios para compartilhar os custos e os benefícios do uso dos cabos. Vale ressaltar que o cenário está em constante mudança, com novos participantes entrando no mercado e os existentes aumentando ou diminuindo seus investimentos.

Você pode consultar o mapa dos cabos submarinos acessando o site https://www.submarinecablemap.com/.

Quais os Mais Recentes Cabos Submarinos de Fibra Óptica Que Aportaram no Brasil?

Os cabos submarinos de fibra óptica mais recentes que aportaram no Brasil incluem:

  1. Malbec: Este cabo faz ligação entre duas cidades do sudeste brasileiro (Rio de Janeiro e Praia Grande) e Las Toninas, que fica cerca de 330 km ao sul da capital argentina de Buenos Aires. O sistema foi inaugurado em 2021, e é gerido em um modelo de coparticipação entre a operadora telefônica GlobeNet e o Meta (Facebook).
  2. Junior: Este é um cabo construído pelo Google, no ano de 2018. Além de Santos, o Junior também chega ao Rio de Janeiro.
  3. Firmina: Este é o mais recente cabo a ser construído, conectando o Brasil aos Estados Unidos. Seu nome é uma homenagem à Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira. A previsão é que esteja pronto para serviço em 2024.
  4. EllaLink: Este cabo conecta a Europa (Portugal) ao Brasil. Foi ativado em junho de 2021.

Qual o Mais Longo Cabo Submarino de Fibra Óptica?

Atualmente, o cabo óptico submarino de maior extensão é o SeaMeWe-3, inaugurado em 1999. Ele se estende por aproximadamente 39.000 quilômetros, partindo do sudeste asiático, passando pelo Oriente Médio e chegando até a Europa, conectando 32 países. Esse cabo desempenha um papel crucial na interconexão global, permitindo a transmissão de dados em larga escala através dos oceanos.

O cabo submarino com uma das maiores quantidades de fibras ópticas é o EllaLink, que liga o Brasil à Europa, conectando a cidade de Fortaleza (CE) à cidade portuguesa de Sines. Este cabo tem uma extensão de 6.200 quilômetros., e estima-se que o EllaLink tenha uma capacidade inicial de transmissão de dados de até 400 gigabits por segundo. O projeto do EllaLink envolve um investimento total superior a 1 bilhão de reais.

Conclusão

Os cabos submarinos de fibra óptica desempenham um papel crucial na infraestrutura global de comunicações. Eles permitem a transmissão rápida e eficiente de dados através dos oceanos, conectando continentes e permitindo a comunicação global. Com o aumento da demanda por dados e a crescente dependência da internet, a importância dos cabos submarinos de fibra óptica só continuará a crescer.

Confinamento de Corredores em Data Centers: Uma Análise Um Pouco Mais Detalhada

O confinamento de corredores em data centers é uma estratégia que tem ganhado popularidade devido à sua capacidade de melhorar a eficiência dos sistemas de refrigeração. Este artigo explora o conceito de confinamento de corredores, seus benefícios, desafios e diferentes abordagens. Para uma introdução ao confinamento de corredores, leia meu artigo anterior sobre o assunto.

O que é Confinamento de Corredores?

O confinamento de corredores é a separação do ar frio de fornecimento do ar quente de exaustão dos equipamentos de TI. Isso permite uma temperatura de fornecimento uniforme e estável para a entrada dos equipamentos de TI e um retorno de ar mais quente e seco para a infraestrutura de refrigeração. Essa estratégia pode reduzir os custos operacionais, otimizar a eficácia do uso de energia e aumentar a capacidade de refrigeração.

Benefícios do Confinamento de Corredores

O confinamento de corredores pode proporcionar uma série de benefícios, incluindo a redução do consumo de energia, aumento da capacidade de refrigeração, estabilização da temperatura de fornecimento para a entrada de TI, disponibilização de mais capacidade de energia para equipamentos de TI, aumento do tempo de atividade e prolongamento do ciclo de vida dos ativos de TI.

Tipos de Confinamento de Corredores

Existem principalmente dois tipos de confinamento de corredores em data centers: confinamento de corredor quente e confinamento de corredor frio.

Confinamento de Corredor Quente

O confinamento de corredor quente envolve o fechamento do corredor quente, permitindo que o ar frio inunde o restante do espaço do data center. Isso pode ser alcançado através de estratégias como piso elevado, dutos suspensos ou simplesmente inundando o data center com ar frio. Uma vantagem única do confinamento de corredor quente é sua capacidade de oferecer um acúmulo térmico, permitindo que o data center mantenha a estabilidade durante curtos períodos de falhas no sistema de refrigeração.

Confinamento de Corredor Frio

No confinamento de corredor frio, o ar frio é confinado no corredor, permitindo que o restante do data center se torne um grande plenum de retorno de ar quente. Esse confinamento envolve uma barreira física que permite que o ar de fornecimento flua para dentro do corredor frio.

Tipos de Abordagens

Existem várias abordagens para o confinamento de corredores em data centers, além do confinamento de corredor quente e frio. Seguem alguns exemplos:

  1. Sistema de Cortina/Contenção Suave: Este sistema usa cortinas de plástico flexíveis para separar o ar quente do ar frio. É uma solução de baixo custo e fácil de instalar, mas pode não ser tão eficaz quanto outras abordagens.
  2. Sistemas Modulares: Estes são sistemas de contenção pré-fabricados que podem ser facilmente instalados em um data center existente. Eles são mais caros do que os sistemas de cortina, mas oferecem melhor controle sobre o fluxo de ar.
  3. Painéis de Contenção: Estes são painéis rígidos que são instalados no final dos corredores para conter o ar. Eles são mais eficazes do que as cortinas, mas também são mais caros e podem ser mais difíceis de instalar.
  4. Sistemas de Teto de Contenção: Estes são sistemas que usam um teto falso para conter o ar. Eles são muito eficazes, mas também são os mais caros e podem exigir modificações significativas no data center.
Sistema de cortina

Desafios do Confinamento de Corredores

Embora o confinamento de corredores ofereça vários benefícios, também apresenta alguns desafios. Por exemplo, o confinamento de corredor quente geralmente é mais caro, pois requer um caminho contido para o fluxo de ar do corredor quente até as unidades de refrigeração. Além disso, o confinamento de corredor quente normalmente se junta ao teto onde a supressão de incêndio é instalada, o que pode afetar a operação normal de um sistema de supressão de incêndio de grade padrão se o espaço não for bem projetado.


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O confinamento de corredor frio tem se tornado cada vez mais popular e eficaz como solução de resfriamento para data centers. Isso ocorre porque o confinamento de corredor frio é frequentemente usado em ambientes onde o ar frio é gerado fora da área de contenção e trazido por meio de um piso elevado. A maioria dos data centers existentes emprega esse tipo de sistema de resfriamento, que pode ser adaptado para o confinamento de corredor frio com impacto mínimo nas operações.

No entanto, a escolha do tipo de confinamento mais adequado pode variar dependendo das necessidades específicas de cada data center. Portanto, não há uma abordagem única que seja a mais eficaz para todos os data centers. É recomendável consultar um especialista em data center para determinar a melhor abordagem para um data center específico.

Conclusão

O confinamento de corredores em data centers é uma estratégia eficaz para otimizar as operações do data center, reduzindo a mistura de ar frio e quente. Ele oferece vários benefícios, incluindo redução do consumo de energia, aumento da capacidade de resfriamento e prolongamento do ciclo de vida dos ativos de TI. No entanto, também apresenta desafios que devem ser considerados. Com as crescentes demandas de energia e a necessidade de reduzir o impacto ambiental, o confinamento de corredores se tornará cada vez mais importante na gestão de data centers.

Refrigeração Líquida em Data Centers

A refrigeração líquida está se tornando cada vez mais relevante no cenário de data centers devido ao aumento da densidade de energia e à necessidade de soluções de resfriamento mais eficientes. Neste artigo expomos alguns pontos chaves sobre a refrigeração líquida em data centers.

Aumento da Densidade de Energia

Com o rápido crescimento da inteligência artificial (IA) e do aprendizado de máquina, a densidade de energia nos data centers está aumentando Unidades de processamento gráfico (GPUs), que são comumente usadas para acelerar essas aplicações, são extremamente poderosas e geram muito calor. Isso está levando a um aumento na demanda por soluções de refrigeração mais eficientes.

Refrigeração Líquida X Refrigeração a Ar

Tradicionalmente, a refrigeração a ar tem sido a principal forma de resfriamento em data centers. No entanto, à medida em que a densidade de energia aumenta, a refrigeração a ar está se tornando menos eficiente. A refrigeração líquida, por outro lado, é capaz de absorver e transportar calor mais eficientemente do que o ar.

A refrigeração líquida é geralmente mais eficiente do que a refrigeração a ar em termos de eficiência energética. Isso se deve a várias razões, tais como:

Menor resistência térmica: A água tem uma resistência térmica muito menor do que o ar, o que significa que ela pode absorver e transportar calor mais eficientemente.

Maior densidade de energia: A refrigeração líquida pode suportar uma maior densidade de energia, o que é particularmente útil para aplicações de alto desempenho, como IA e aprendizado de máquina.

Exemplo de refrigeração líquida disponível no Brasil – visite o site do representante da solução

Inovações na Refrigeração Líquida

Várias empresas estão inovando no espaço de refrigeração líquida. Por exemplo, a CoolIT Systems garantiu novos fundos para expandir sua capacidade de produção de equipamentos de refrigeração líquida. Além disso, a Lenovo está investindo no desenvolvimento de vários designs de refrigeração líquida, esperando que mais clientes os utilizem.

Grandes empresas como Google e Lenovo já estão adotando a refrigeração líquida em seus data centers. O Google introduziu a refrigeração líquida em seus data centers para resfriar seus mais recentes processadores que sustentam as capacidades de IA. A Lenovo também está mirando novos designs de refrigeração líquida em data centers convencionais.


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Custos da Refrigeração Líquida

A refrigeração líquida pode representar um custo inicial mais alto em comparação com a refrigeração a ar devido à complexidade do sistema e à necessidade de componentes adicionais. No entanto, a longo prazo, a refrigeração líquida pode ser mais econômica.

De acordo com a ASHRAE, a refrigeração líquida em data centers pode melhorar o custo total de propriedade por meio de maior densidade, maior uso de resfriamento gratuito e melhor desempenho por watt. Isso significa que, embora o custo inicial possa ser maior, a eficiência energética melhorada e a capacidade de suportar cargas de trabalho de maior densidade podem resultar em economias significativas ao longo do tempo.

Além disso, estima-se que aproximadamente 40% da energia consumida em um centro de dados seja destinada aos sistemas de refrigeração. Portanto, qualquer melhoria na eficiência da refrigeração pode ter um impacto significativo nos custos operacionais de um data center.

No entanto, o custo exato pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o design específico do data center, a localização geográfica, os preços locais de energia e a eficiência do equipamento de refrigeração. Portanto, é importante realizar uma análise de custo-benefício detalhada antes de decidir entre a refrigeração a ar e a refrigeração líquida.

Vantagens e Desvantagens da Refrigeração Líquida

Vantagens:

  • Maior eficiência energética: A refrigeração líquida é capaz de absorver e transportar calor mais eficientemente do que o ar, o que pode resultar em economias significativas de energia a longo prazo.
  • Capacidade de suportar maior densidade de energia: A refrigeração líquida é capaz de suportar cargas de trabalho de maior densidade, como aquelas que envolvem o uso intensivo de GPUs.

Desvantagens:

  • Custo inicial mais alto: A refrigeração líquida pode ter um custo inicial mais alto devido à complexidade do sistema e à necessidade de componentes adicionais.
  • Necessidade de equipamentos específicos: Para que a refrigeração líquida seja eficaz, é necessário que os dispositivos de TI sejam compatíveis com essa tecnologia.

É importante notar que a escolha entre refrigeração a ar e refrigeração líquida depende de vários fatores, incluindo o design específico do data center, a localização geográfica, os preços locais de energia e a eficiência do equipamento de refrigeração. Portanto, é recomendável realizar uma análise de custo-benefício detalhada antes de decidir entre essas duas opções.


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O Futuro da Refrigeração Líquida

A refrigeração líquida está preparada para se tornar mais comum em data centers no futuro. Com o aumento da densidade de energia e a necessidade de soluções de resfriamento mais eficientes, a refrigeração líquida provavelmente se tornará uma parte integral dos data centers.

Em resumo, a refrigeração líquida está se tornando uma parte cada vez mais importante do cenário de data centers. Com o aumento da densidade de energia e a necessidade de soluções de resfriamento mais eficientes, é provável que vejamos um aumento na adoção da refrigeração líquida nos próximos anos. A previsão é que o mercado de refrigeração líquida alcance os US$ 8 bilhões até 2028, crescendo a um ritmo de mais de 24% ao ano.

Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro das comissões de estudos sobre cabeamento estruturado e de infraestrutura de data centers da ABNT, certificado pela BICSI (RCDD e DCDC), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCD Academy, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.

Normas Para Cabeamento Estruturado

Este artigo tem o objetivo de relacionar todas as normas diretamente relacionadas ao mundo do Cabeamento Estruturado. Aqui estão relacionadas normas de cabeamento estruturado nacionais (ABNT), internacionais (ISO) e norte-americanas. Estas listas são periodicamente revisadas, mas se você constatar que tem alguma norma desatualizada, por favor envie um e-mail para o autor para que ele possa atualizar esta lista (marcelo@claritytreinamentos.com.br)

Consulte também as Normas para Data Centers neste outro artigo.

Normas brasileiras

  • ABNT NBR 14565:2019 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais (baseada na ISO/IEC 11801-1)
  • ABNT NBR 14703:2012 – Cabos de telemática de 100 Ω para redes internas estruturadas – Especificação
  • ABNT NBR 14705:2010 – Cabos internos para telecomunicações – Classificação quanto ao comportamento frente à chama
  • ABNT NBR 16264:2016 – Cabeamento estruturado residencial (baseada na ISO/IEC 15018)
  • ABNT NBR 16415:2021 – Caminhos e espaços para cabeamento estruturado (baseada na ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010)
  • ABNT NBR 16521:2016 – Cabeamento estruturado industrial (baseada na ISO/IEC 24702; está em processo de revisão durante 2024)
  • ABNT NBR 16665:2019 – Cabeamento estruturado para data centers (baseada na ISO/IEC 11801-5)
  • ABNT NBR 16869-1:2020 – Cabeamento estruturado – Parte 1: Requisitos para planejamento (baseada na ISO/IEC 14763-2)
  • ABNT NBR 16869-2:2021 – Cabeamento estruturado – Parte 2: Ensaio do cabeamento óptico (baseada na ISO/IEC 14763-3) | ver artigo sobre seu lançamento
  • ABNT NBR 16869-3:2022 – Cabeamento estruturado – Parte 3: Configurações e ensaios de enlaces ponto a ponto, enlaces terminados com plugues modulares e cabeamento de conexão direta (baseada na ISO/IEC 11801-3, ISO/IEC TR 11801 partes 9902, 9903, 9907 e 9910, ISO/IEC 14763-4)
  • ABNT NBR 16869-4:2023 – Cabeamento estruturado – Parte 4: Sistema automatizado de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações, redes e TI (baseada na ISO/IEC 18598)
  • ABNT NBR 16869-5 – Cabeamento estruturado – Parte 5: (esta parte será sobre especificação e ensaios em redes ópticas passivas locais; ela ainda está sendo desenvolvida; expectativa de publicação para 2024)
  • ABNT NBR 17040:2022 – Equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas (baseada na ISO/IEC 30129)

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Normas internacionais

  • ISO/IEC 11801 – Information technology – Generic cabling for customer premises
    • ISO/IEC 11801-1:2017 – General requirements
    • ISO/IEC 11801-2:2017 – Office premises
    • ISO/IEC 11801-3:2017 – Industrial premises (substituiu a ISO/IEC 24702)
    • ISO/IEC 11801-4:2017 – Single-tenant homes (substituiu a ISO/IEC 15018)
    • ISO/IEC 11801-5:2017 – Data centres (substituiu a ISO/IEC 24764)
    • ISO/IEC 11801-6:2017 – Distributed building services (incorpora a ISO/IEC TR 24704)
    • ISO/IEC TR 11801-9902:2017 – Specifications for End-to-end link configurations
    • ISO/IEC TR 11801-9907:2019 – Specifications for direct attach cabling
    • ISO/IEC TR 11801-9910:2020 – Specifications for modular plug terminated link cabling
  • ISO/IEC 14763 – Information technology – Implementation and operation of customer premises cabling
    • ISO/IEC 14763-2:2019 – Planning and installation (substitui a ISO/IEC 18010 e a ISO/IEC 14763-1)
    • ISO/IEC 14763-3:2014 – Testing of optical fibre cabling
    • ISO/IEC 14763-4:2021 – Measurement of end-to-end (E2E)-Links
  • ISO/IEC 18598:2016 – Information technology – Automated infrastructure management (AIM) systems – Requirements, data exchange and applications
  • ISO/IEC 30129:2015 – Information technology – Telecommunications bonding networks for buildings and other structures


Normas norte-americanas

  • ANSI/TIA-568 (ver artigo sobre lançamento da revisão D da 568)
    • ANSI/TIA-568.0-D – Generic Telecommunications Cabling for Customer Premises
    • ANSI/TIA-568.1-D – Commercial Building Telecommunications Infrastructure Standard
    • ANSI/TIA-568.2-D – Balanced Twisted-Pair Telecommunications Cabling And Components Standard
    • ANSI/TIA-568.3-D – Optical Fiber Cabling And Components Standard
    • ANSI/TIA-568.4-D – Broadband Coaxial Cabling And Components Standard
    • A ser desenvolvida: ANSI/TIA-568.5 – Single Balanced Twisted-Pair Cabling and Components Standard
  • ANSI/TIA-569-E – Telecommunications Pathways and Spaces
  • ANSI/TIA-570-C – Residential Telecommunications Infrastructure Standard
  • ANSI/TIA-606-C – Administration Standard for Telecommunications Infrastructure
  • ANSI/TIA-607-C – Generic Telecommunications Bonding and Grounding for Customer Premises
  • ANSI/TIA-758-B – Customer-Owned Outside Plant Telecommunications Infrastructure Standard
  • ANSI/TIA-862-B – Structured Cabling Infrastructure Standard for Intelligent Building Systems
  • ANSI/TIA-942-B – Telecommunications Infrastructure Standard for Data Centers
  • ANSI/TIA-1005-A – Telecommunications Infrastructure Standard for Industrial Premises
  • ANSI/TIA-1152-A – Requirements for Field Test Instruments and Measurements for Balanced Twisted-Pair Cabling
  • ANSI/TIA-1179-A – Healthcare Facility Telecommunications Infrastructure Standard
  • ANSI/TIA-4966 – Telecommunications Infrastructure Standard for Educational Facilities


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Para saber mais sobre algumas das normas relacionadas acima, assista os vídeos a seguir.

Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro da BICSI e das comissões de estudos sobre cabeamento estruturado e de infraestrutura de data centers da ABNT, certificado pela BICSI (RCDD e DCDC), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.