Quero rodar Ethernet a 40 Gigabits em minha fibra existente, posso?

Depende! Do quê? De qual fibra possui, primeiramente.

Se seu link for composto por fibras monomodo, você precisará de equipamentos nos padrões 40GBASE-LR4 ou 40GBASE-ER4, dependendo da distância pretendida, 10 km ou 40 km.

Mas se você possuir um link multimodo, precisará ser, no mínimo, de categoria OM3. Se for inferior, sem chances, precisará trocar de fibra. Se for OM3 ou OM4, precisará de um link com 8 fibras em um cabo tronco terminado em conectores MPO. O equipamento deverá ser do padrão 40GBASE-SR4.

Para OM3, o alcance será de 100 metros. Para OM4, de 150 metros. Mas atenção à perda óptica total de seu link! Com OM3, não deverá ser superior a 1,9 dB. Para OM4, não superior a 1,5 dB! Também há limites de perda para os links monomodo, portanto deve-se consultar as tabelas do padrão IEEE 802.3.

Para entender sobre as diferenças entre fibras multimodo e monomodo, ou para entender a classificação OMx das fibras multimodo, assista aos vídeos abaixo:

Há também opções de equipamentos proprietários, como o 40GBASE-SR-BiDi, da Cisco, que permite utilizar apenas duas fibras OM3 ou OM4. Para maiores informações, como alcance e perda máximos, consultar as tabelas da Cisco.

Para saber a perda total de seu link, deverá realizar um teste óptico Tier 1, com um equipamento do tipo OLTS (optical loss test set). Para estimar a perda total de seu link antes de fazer o teste, pode fazer o cálculo do balanço de perda óptica utilizando os valores padrões de perda. Se a instalação tiver sido bem feita, a perda medida deverá ser inferior a esse cálculo. Para saber mais sobre esse teste, confira meu vídeo abaixo:

Para saber mais sobre como realizar o cálculo do balanço de perda óptica, há o curso SCE335.

Confira também o curso sobre os padrões Ethernet sobre cabeamento estruturado, o SCE381, e o curso sobre teste óptico tier 1, o SCE333. Para saber mais sobre os padrões Ethernet sobre cabeamento estruturado, assista ao vídeo abaixo:

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Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, NTS, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro da BICSI e da comissão de estudos sobre cabeamento estruturado da ABNT/COBEI, certificado pela BICSI (RCDD, DCDC e NTS), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.

Norma nacional de cabeamento estruturado

Nem todos sabem, mas há uma norma nacional sobre cabeamento estruturado. É a NBR 14565 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais. Imprescindível para todos profissionais que projetam, instalam ou certificam cabeamento estruturado.

A NBR 14565 especifica sistemas de cabeamento estruturado para uso apenas em edifícios comerciais, seja ele composto por elementos metálicos (par trançado) ou fibra óptica. Existem outras normas que tratam do cabeamento a ser instalado em outros tipos de edificações, como indústrias ou residências, que trataremos em outros posts.

A última versão publicada inclui o cabeamento de data centers, mas a próxima versão, que será lançada ainda este ano, removerá essa parte, que ganhará uma nova norma específica.

O objetivo do cabeamento especificado na norma é suportar uma ampla variedade de serviços, incluindo voz, dados, imagem e automação. Para tanto, especifica itens como: sua estrutura e configuração mínimas, interfaces das tomadas, requisitos de desempenho, distâncias mínimas e máximas de cabos e enlaces, requisitos de conformidade e procedimentos de verificação. Além de recomendações e boas práticas em geral.

Para adquirir a NBR 14565, acesso este link no site da ABNT.

Se quiser conhecer os fundamento do cabeamento estruturado, conforme esta e outras normas nacionais, faça o curso online SCE100. Ao final do curso, você poderá baixar materiais de referência, realizar uma avaliação e, se for bem nessa avaliação, ainda receberá um certificado de conclusão!

Até a próxima!

Marcelo Barboza
Clarity Treinamentos

Taxa de ocupação em caminhos de cabos

Você sabia que há uma norma brasileira que trata dos caminhos (infraestrutura) e espaços (salas técnicas e de áreas de trabalho) para cabeamento estruturado? É a ABNT/NBR 16415 – Caminhos e espaços para cabeamento estruturado, publicada em 2015.

A NBR 16415 é uma norma muito importante para a área de cabeamento estruturado, mas mais ainda para as áreas de arquitetura e engenharia civil. Com base nela, projetistas de edifícios comerciais podem reservar espaços que serão extremamente importantes para a futura implantação do sistema de cabeamento estruturado. Se esses espaços não forem previstos desde a concepção da edificação, os sistemas de TI e comunicações que nele serão instalados poderão ficar limitados, ou onerosas reformas serão necessárias.

Um dos maiores impactos em uma edificação que não segue essa norma é a falta de espaço para a passagem de cabos de rede. “Caminho” é o nome que se dá à infraestrutura que dá suporte à passagem desses cabos. E saber estimar a quantidade de cabos que cabe em cada tipo de caminho é de extrema importância para os projetos de cabeamento. Essa estimativa faz parte do que chamamos de “cálculo da taxa de ocupação”.

Dentre outras coisas, a NBR 16415 estabelece justamente limites para taxas de ocupação. Não levar em conta essas taxas pode fazer com que  dutos ou calhas fiquem sobrecarregados, o que pode danificar os cabos e degradar o sinal de rede.

A Norma estabelece limites para a fase de projeto, para a ocupação inicial, e limites para expansões. Portanto, a taxa de ocupação é um assunto muito importante, tanto para projetistas quanto para instaladores de cabeamento estruturado.

Você pode usar estas calculadoras online gratuitas de ocupação de cabos para lhe auxiliar em seus projetos:
Ocupação em eletrodutos
Ocupação em eletrocalhas

Saiba mais sobre a taxa de ocupação e como realizar seu cálculo fazendo o novo curso SCE341. Ao final do curso, você poderá baixar um material de referência, realizar uma avaliação e, se for bem nessa avaliação, ainda receberá um certificado de conclusão! O vídeo abaixo complementará este artigo:

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Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro de comissões de estudos sobre cabeamento estruturado e data center da ABNT, certificado pela BICSI (RCDD, DCDC), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.

Balanço de perda óptica

Ao projetar um link de fibra óptica, como assegurar que haverá luz suficiente para a aplicação funcionar? Ou então, após a instalação do link óptico, como assegurar que o material é de boa qualidade e que a mão de obra utilizada na instalação seguiu todas as recomendações e boas práticas?

Cada aplicação (ou protocolo físico de rede, como o Ethernet, por exemplo) para fibra óptica prevê uma atenuação (ou perda) máxima no canal para que funcione sem degradação de desempenho. Se a atenuação do canal passar do esperado, a taxa de erro de bit (BER) começa a aumentar, causando lentidões na rede e, eventualmente, queda da porta.

Cada componente óptico adquirido e instalado também deve possuir uma perda máxima esperada, definida em normas de cabeamento estruturado. Ao adquirir e instalar links ópticos, devemos saber qual é essa perda para depois podermos comparar com as medições realizadas no momento da certificação da rede. Se a perda medida for maior que o esperado, das duas uma: ou o material adquirido não é de boa procedência, ou a mão de obra utilizada na instalação não seguiu as recomendações normativas e dos respectivos fabricantes. Nesse caso, o link possivelmente não poderá receber a garantia estendida do fabricante.

É justamente para isso que existe o “balanço de perda óptica”, um cálculo do quanto de perda um link óptico deveria apresentar para assegurar a qualidade da instalação e o funcionamento da rede. Complemente as informações deste artigo como vídeo abaixo.

Aqui neste webiste eu disponibilizei uma ferramenta online totalmente gratuita para você calcular o balanço de perda de um link óptico. Acesse a ferramenta clicando aqui!

Saiba mais sobre o balanço de perda óptica e como realizar seu cálculo fazendo o novo curso rápido online SCE335. Ao final do curso, você poderá baixar um material de referência, realizar uma avaliação e, se for bem nessa avaliação, ainda receberá um certificado de conclusão!

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