A Evolução da Fibra Óptica: Uma Trajetória de Inovação e Crescimento

A fibra óptica, desde sua nascente invenção na década de 1950, percorreu um caminho notável de aprimoramento e expansão, e tem sido uma das tecnologias mais revolucionárias do século XXI. Essa tecnologia, que revolucionou a maneira como nos comunicamos e transmitimos dados, continua a evoluir a passos largos, prometendo um futuro ainda mais conectado e veloz. Vamos explorar a evolução dessa tecnologia, desde suas origens até as tendências futuras.

Histórico e Evolução

A fibra óptica foi produzida pela primeira vez nos anos 60, com a primeira rede telefônica baseada nessa tecnologia inaugurada em 1973 nos EUA. No Brasil, a fibra óptica começou a ser utilizada em 1977, em pesquisas na Unicamp em parceria com a Telebrás. Desde então, a tecnologia se disseminou rapidamente, com a demanda crescendo exponencialmente nos últimos anos.

Principais Marcos na Jornada da Fibra Óptica:

  • Década de 1970: As primeiras fibras ópticas eram grossas e frágeis, limitando seu uso a aplicações específicas.
  • Década de 1980: O desenvolvimento de fibras mais finas e resistentes impulsionou a adoção da tecnologia em telecomunicações.
  • Década de 1990: A internet e o crescimento da banda larga impulsionaram a demanda por fibra óptica, impulsionando inovações.
  • Década de 2000: A multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM) multiplicou a capacidade de transmissão de dados.
  • Década de 2010: A fibra óptica se torna cada vez mais presente nas redes de acesso, conectando casas e empresas.
  • Década de 2020: A virtualização, a Internet das Coisas (IoT) e o 5G exigem ainda mais capacidade, impulsionando novas tecnologias como a fibra óptica multi-núcleo.

Aumento na Taxa de Transmissão

Com o aumento da demanda por banda larga e, consequentemente, da velocidade da internet, a rede óptica foi alterando-se mais rapidamente, crescendo mais de 400 vezes nos últimos dez anos. Nas primeiras décadas, as velocidades eram de megabits por segundo (Mb/s), e hoje as tecnologias mais recentes permitem velocidades de terabits por segundo (Tb/s). Porém, recentemente, um novo recorde foi estabelecido na velocidade de transmissão de dados, atingindo o patamar de 1 Petabit por segundo através de uma fibra óptica monomodo padrão. Este novo recorde significa um aumento da taxa de transmissão de dados em fibras ópticas monomodo padrão em 5,7 vezes.

Evolução do Preço

O custo da fibra óptica também diminuiu significativamente ao longo dos anos. Isso se deve a vários fatores, como o aumento da produção, a padronização da tecnologia e a competitividade entre os fabricantes. Portanto, é possível observar uma tendência geral de queda nos preços à medida que a tecnologia se torna mais comum e a concorrência aumenta. Essa queda no preço tornou a fibra óptica mais acessível para operadoras e consumidores.

Quantidade de Fibra Instalada no Mundo

A quantidade de fibra óptica instalada no mundo tem crescido rapidamente. No Brasil, mais de 4.500 municípios estão conectados por fibras ópticas às redes nacionais. Globalmente, estima-se que existam mais de 70 milhões de casas, apartamentos e residências conectadas por fibra óptica, e que haja mais de 1 bilhão de quilômetros de fibra óptica em operação no planeta.

Estimativas de Crescimento e Evolução para os Próximos Anos

Especialistas e empresários do ramo indicam que a tendência é que o crescimento da fibra óptica se mantenha estável nos próximos anos, impulsionado pela demanda por maior capacidade de banda larga, conectividade 5G e outras tecnologias emergentes. Com o contínuo desenvolvimento de novas tecnologias e a crescente demanda por velocidades de internet mais rápidas, é provável que a fibra óptica continue a desempenhar um papel crucial na infraestrutura de comunicação global.

Tendências para o Futuro:

  • Fibra óptica multi-núcleo: permite transmitir múltiplos sinais de luz em um único núcleo, aumentando sua capacidade.
  • Fibra óptica amplificada: amplifica os sinais ópticos, permitindo transmissões de longa distância sem perda de qualidade.
  • Fibra óptica flexível: mais resistente a danos e curvaturas, facilitando a instalação em ambientes desafiadores.

A fibra óptica continuará a ser a espinha dorsal da infraestrutura de comunicação global, conectando o mundo e possibilitando novas aplicações e serviços que ainda nem podemos imaginar.

Conclusão

A história da fibra óptica é um exemplo notável de inovação e progresso tecnológico. A fibra óptica transformou a maneira como nos comunicamos e interagimos com o mundo digital. Com sua capacidade de transmitir grandes quantidades de dados a velocidades incríveis, a fibra óptica continuará a ser uma tecnologia crucial para o futuro das comunicações, abrindo portas para um mundo cada vez mais conectado, veloz e eficiente.

O Programa CEEDA de Certificação de Data Centers em Eficiência Energética

O Certified Energy Efficient Datacenter Award (CEEDA) é um programa de certificação global, avaliado de forma independente, projetado para reconhecer a aplicação das melhores práticas de eficiência energética em data centers. Gerenciar um data center requer várias disciplinas especializadas, e o CEEDA foi criado para fornecer um processo de avaliação no qual os padrões dessas disciplinas são combinados para fornecer uma avaliação otimizada e holística das práticas de eficiência energética em condições do mundo real.

Estrutura do CEEDA

A estrutura do CEEDA é baseada em uma combinação de padrões, incluindo ASHRAE, Energy Star, ETSI, ISO, bem como o Código Europeu de Conduta e métricas Green Grid. Essa combinação fornece uma avaliação da eficiência energética e também das principais práticas de sustentabilidade com foco em energia, materiais, economia circular e o impacto de 8 dos 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Interface gráfica do usuário

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

Níveis de Certificação

A avaliação compreende uma estrutura graduada cumulativa desses critérios práticos. Para instalações em conformidade, a certificação resultante pode ser concedida nos níveis crescentes de Bronze, Prata e Ouro. A avaliação é um processo cumulativo – para ganhar Prata, o data center deve atender suficientemente ao nível Bronze. Para atingir o nível Gold, o data center deve atender suficientemente aos níveis Bronze e Silver.

Benefícios do CEEDA

O CEEDA oferece vários benefícios para as organizações. Ele permite que as organizações demonstrem publicamente sua liderança em Responsabilidade Social Corporativa (CSR). Além disso, o processo de avaliação auditada verifica de forma independente as principais métricas de desempenho, como Eficiência no Uso de Energia (PUE), métricas avançadas, como CUE/WUE, e o mix específico de energia do local. As instalações certificadas se beneficiam de um aumento médio de 5% a 15% na eficiência energética, bem como uma análise das lacunas operacionais em relação às melhores práticas mundialmente reconhecidas, proporcionando maior potencial para minimizar o impacto do carbono.

CEEDA no Brasil

No Brasil, a certificação CEEDA já está consolidada. Uma das empresas que conquistou a certificação no país foi a Embratel/Claro. Após receber, em 2016, a certificação “CEEDA in Progress” para o Data Center Lapa, a Embratel atingiu o nível Prata, após avaliação de um conjunto de critérios diferenciados, com base nas melhores práticas.

Por sua vez, a Dataprev, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência, investiu mais de R$ 200 milhões na modernização de seus Data Centers e buscou certificações para suportar e atender as necessidades das políticas públicas do Brasil. Em 2018, tornou-se a primeira empresa pública da América Latina a receber o selo CEEDA, que atesta as melhores práticas de eficiência energética de seus três Data Centers e confirma que a gestão e operação dos ambientes estão alinhadas com a estratégia de sustentabilidade operacional da empresa. Em resumo, o CEEDA é uma ferramenta valiosa para as organizações que buscam melhorar a eficiência energética de seus data centers. Ele fornece um quadro para avaliar o desempenho atual, identificar áreas de melhoria e demonstrar compromisso com a sustentabilidade. Para mais informações, visite o site oficial do CEEDA.

Normas Para Data Centers

Este artigo tem o objetivo de relacionar todas as normas diretamente relacionadas ao mundo de Infraestrutura de Data Centers. Aqui estão relacionadas normas nacionais (ABNT), internacionais (ISO) e norte-americanas (ANSI). Estas listas são periodicamente revisadas, mas se você constatar que tem alguma norma desatualizada, por favor envie um e-mail para o autor para que ele possa atualizar esta lista (marcelo@claritytreinamentos.com.br)

Normas brasileiras

  • ABNT NBR 16665:2019 – Cabeamento estruturado para data centers (baseada na ISO/IEC 11801-5)
  • ABNT NBR 17040:2022 – Equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas (baseada na ISO/IEC 30129)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-1:2023 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 1: Conceitos gerais
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-2 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 2: Construção do edifício (em desenvolvimento)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-3:2023 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 3: Distribuição de energia
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-4:2023 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 4: Controle ambiental
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-5 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 5: Infraestrutura de cabeamento de telecomunicações (em desenvolvimento)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-6 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 6: Sistemas de segurança (em desenvolvimento)
  • ABNT NBR ISO/IEC 22237-7 – Tecnologia da informação – Instalações e Infraestruturas de data center – Parte 7: Informações operacionais e de gerenciamento (em desenvolvimento)

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Normas internacionais

  • ISO/IEC TR 20913:2016 – Information technology – Data centres – Guidelines on holistic investigation methodology for data centre key performance indicators
  • ISO/IEC 21836:2020 – Information technology – Data centres – Server energy effectiveness metric
  • ISO/IEC TR 21897:2022 – Information technology – Data centres – Impact of the ISO 52000 series on energy performance of buildings
  • ISO/IEC 22237-1:2021 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 1: General concepts
  • ISO/IEC 22237-2:2024 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 2: Building construction
  • ISO/IEC 22237-3:2021 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 3: Power distribution
  • ISO/IEC 22237-4:2021 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 4: Environmental control
  • ISO/IEC TS 22237-5:2018 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 5: Telecommunications cabling infrastructure
  • ISO/IEC 22237-6:2024 –Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 6: Security systems
  • ISO/IEC TS 22237-7:2018 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 7: Management and operational information
  • ISO/IEC TS 22237-30:2022 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 30: Earthquake risk and impact analysis
  • ISO/IEC TS 22237-31:2023 – Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 31: Key performance indicators for resilience
  • ISO/IEC TR 23050:2019 – Information technology – Data centres – Impact on data centre resource metrics of electrical energy storage and export
  • ISO/IEC 23544:2021 – Information Technology – Data centres – Application Platform Energy Effectiveness (APEE)
  • ISO/IEC TR 30133:2023 – Information technology – Data centres – Practices for resource-efficient data centres
  • ISO/IEC 30134-1:2016 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 1: Overview and general requirements
  • ISO/IEC 30134-2:2016 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 2: Power usage effectiveness (PUE)
  • ISO/IEC 30134-3:2016 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 3: Renewable energy factor (REF)
  • ISO/IEC 30134-4:2017 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 4: IT Equipment Energy Efficiency for servers (ITEEsv)
  • ISO/IEC 30134-5:2017 – Information technology – Data centres – Key performance indicators – Part 5: IT Equipment Utilization for servers (ITEUsv)
  • ISO/IEC 30134-6:2021 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 6: Energy Reuse Factor (ERF)
  • ISO/IEC 30134-7:2023 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 7: Cooling efficiency ratio (CER)
  • ISO/IEC 30134-8:2022 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 8: Carbon usage effectiveness (CUE)
  • ISO/IEC 30134-9:2022 – Information technology – Data centres key performance indicators – Part 9: Water usage effectiveness (WUE)

Normas norte-americanas

  • ANSI/TIA-942-B-2017: Telecommunications Infrastructure Standard for Data Centers
  • ANSI/BICSI-002-2014: Data Center Design and Implementation Best Practices
  • ANSI/BICSI-009-2019: Data Center Operations and Maintenance Best Practices

Cabos Submarinos de Fibra Óptica

Os cabos submarinos de fibra óptica são uma parte crucial da infraestrutura global de comunicações, permitindo a transmissão rápida e eficiente de dados através dos oceanos. Este artigo explora a história, a tecnologia e a importância crescente desses cabos.

O que são Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

Um cabo submarino de fibra óptica é um cabo que é colocado no leito do mar entre estações terrestres para transportar sinais de telecomunicações através de trechos de oceano e mar. Os modernos cabos submarinos usam tecnologia de fibra óptica para transportar dados digitais, que incluem tráfego telefônico, Internet e dados privados.

História dos Cabos Submarinos

Os primeiros cabos submarinos de comunicações foram instalados a partir da década de 1850 e transportavam tráfego de telégrafo, estabelecendo as primeiras ligações de telecomunicações instantâneas entre continentes. Com o surgimento da tecnologia óptica na década de 1980, a comunicação de dados via cabos submarinos também migrou para a nova tecnologia, em 1988. Atualmente (início de 2024), há 574 cabos submarinos, dentre os ativos e os planejados, totalizando aproximadamente 1,4 milhões de quilômetros.

Como Funcionam os Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

Os modernos cabos submarinos usam tecnologia de fibra óptica. Lasers em uma extremidade disparam a taxas extremamente rápidas por finas fibras de vidro para receptores na outra extremidade do cabo. Essas fibras de vidro são envolvidas em camadas de plástico (e às vezes fio de aço) para proteção.

Os cabos submarinos de fibra óptica são projetados para resistir a pressões de água de até 8.000m de profundidade e têm uma estrutura de altíssima confiabilidade. Em geral, a vida útil dos cabos submarinos de fibra óptica é de cerca de 25 anos. No entanto, eles geralmente são substituídos mais cedo porque os cabos mais novos podem fornecer mais capacidade a um custo comparável e se tornam caros para serem mantidos. Vale ressaltar que a vida útil pode variar dependendo de vários fatores, incluindo as condições do ambiente marinho e a manutenção do cabo.

Qual a Sua Composição?

Os cabos submarinos de fibra óptica são compostos por várias camadas para proteger as fibras de vidro, que são responsáveis pela transmissão dos dados. Aqui está uma descrição detalhada de sua composição:

Fonte: https://gizmodo.uol.com.br/google-cabo-submarino-brasil-2/
  1. Fibras de Vidro: São as responsáveis pela transmissão dos dados.
  2. Camadas de Proteção: As fibras de vidro são envoltas em diversas camadas de plástico e metais para sobreviver ao fundo do mar. Essas camadas incluem:
    • Vaselina: Usada para proteger o cabo contra a água do mar.
    • Cobre: Usado para fornecer energia aos repetidores ao longo do cabo.
    • Policarbonato: Oferece uma camada adicional de proteção.
    • Aço: Usado para dar força ao cabo.
    • Polietileno: Usado como a última camada de proteção.

Os cabos submarinos de fibra óptica são projetados para serem resistentes e duráveis, capazes de suportar as condições extremas do fundo do mar.

Quais os Desafios Enfrentados Pelos Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

Os cabos submarinos de fibra óptica enfrentam vários desafios e problemas, incluindo:

  1. Danos Físicos: A atividade humana, principalmente a pesca e a ancoragem, é a maior causa de danos aos cabos submarinos. Barcos de pesca e navios arrastando âncoras enormes são responsáveis por dois terços dos problemas.
  2. Desastres Naturais: Terremotos, ciclones e até mesmo picadas de tubarão podem interferir nas operações dos cabos.
  3. Riscos de Segurança: A perspectiva de danos intencionais e maliciosos é grande, pois a quantidade de dados que atravessa os cabos transoceânicos continua a crescer e a dependência do armazenamento em nuvem aumenta.
  4. Riscos Cibernéticos: Com o aumento do risco geral de segurança cibernética, você pode ter cidadãos, empresas ou serviços públicos que podem ser vítimas de crimes cibernéticos, resgates ou roubo de dados.

Esses desafios destacam a importância de manter e proteger esses cabos, dada a sua importância para a infraestrutura global de comunicações.

Como é o Reparo dos Cabos Submarinos de Fibra Óptica?

O custo do reparo de um cabo submarino de fibra óptica danificado pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a extensão do dano, a localização do cabo e as condições do mar. No entanto, é importante notar que o reparo de um cabo submarino é uma tarefa cara e complexa.

O processo de reparo envolve a remoção do cabo submarino do leito do mar, a identificação do local danificado, a substituição da seção danificada e a emenda do restante do cabo. Navios especiais equipados com equipamentos e equipes de reparo são necessários para realizar essas operações.

Fonte: https://bein.no/en/cable-repair-save-engineering-costs/

A maioria das empresas responsáveis por cabos submarinos somente faz manutenções do tipo quando é necessário, ou seja, quando algum problema grave é detectado. O motivo para isso é bastante simples: o custo envolvido nas operações faz com que elas precisem ser certeiras.

O tempo necessário para o reparo também pode variar. Pode levar até duas semanas para consertar o cabo, dependendo das condições climáticas e outros fatores.

Portanto, embora não seja possível fornecer um custo exato sem informações específicas, é seguro dizer que o reparo de um cabo submarino de fibra óptica danificado é uma operação cara e demorada.

A Importância dos Cabos Submarinos de Fibra Óptica

Os cabos submarinos de fibra óptica são responsáveis por mais de 99% da transmissão de dados entre os países e continentes. Eles são essenciais para as telecomunicações, sendo utilizados por diversas empresas de serviços em nuvem e companhias de streaming.

A capacidade dos cabos submarinos de fibra óptica pode variar dependendo do design e da tecnologia utilizada. No entanto, eles são capazes de transmitir volumes substanciais de dados de forma ágil e eficiente entre diferentes pontos. Por exemplo, o cabo submarino que liga o Brasil aos Estados Unidos, com uma extensão de mais de 18 mil quilômetros, tem uma capacidade de 160 Tbps, a maior para interconexão das Américas. Vale ressaltar que a capacidade pode ser afetada por vários fatores, incluindo a qualidade do sinal, a distância entre os amplificadores e a tecnologia de transmissão utilizada.

Crescimento da Utilização dos Cabos Submarinos de Fibra Óptica

A utilização de cabos submarinos de fibra óptica tem crescido significativamente ao longo dos anos. Em 1995, a distribuição entre a transmissão de dados de comunicações via cabos submarinos e satélite era de 50% para cada. Atualmente, essa relação é de 99% via cabos submarinos e 1% via satélites. A estimativa é que os investimentos no setor de cabos submarinos chegue a US$ 10 bilhões (mais de R$ 50 bilhões, no câmbio atual) entre 2022 e 2024.

As empresas que mais investem em cabos submarinos de fibra óptica incluem:

  1. Google: A gigante da tecnologia tem investido pesadamente em cabos submarinos para melhorar a infraestrutura da internet global.
  2. Facebook (agora Meta): A empresa tem feito investimentos significativos em cabos submarinos, incluindo o projeto 2Africa.
  3. Microsoft: A Microsoft é outra grande investidora em cabos submarinos, buscando melhorar a conectividade global.
  4. Amazon: A Amazon também tem investido em cabos submarinos para suportar suas operações globais.

Além dessas empresas, muitas operadoras de telecomunicações tradicionais, como AT&T, Telecom Italia Sparkle, Embratel, entre outras, também investem em cabos submarinos. Essas empresas geralmente formam consórcios para compartilhar os custos e os benefícios do uso dos cabos. Vale ressaltar que o cenário está em constante mudança, com novos participantes entrando no mercado e os existentes aumentando ou diminuindo seus investimentos.

Você pode consultar o mapa dos cabos submarinos acessando o site https://www.submarinecablemap.com/.

Quais os Mais Recentes Cabos Submarinos de Fibra Óptica Que Aportaram no Brasil?

Os cabos submarinos de fibra óptica mais recentes que aportaram no Brasil incluem:

  1. Malbec: Este cabo faz ligação entre duas cidades do sudeste brasileiro (Rio de Janeiro e Praia Grande) e Las Toninas, que fica cerca de 330 km ao sul da capital argentina de Buenos Aires. O sistema foi inaugurado em 2021, e é gerido em um modelo de coparticipação entre a operadora telefônica GlobeNet e o Meta (Facebook).
  2. Junior: Este é um cabo construído pelo Google, no ano de 2018. Além de Santos, o Junior também chega ao Rio de Janeiro.
  3. Firmina: Este é o mais recente cabo a ser construído, conectando o Brasil aos Estados Unidos. Seu nome é uma homenagem à Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira. A previsão é que esteja pronto para serviço em 2024.
  4. EllaLink: Este cabo conecta a Europa (Portugal) ao Brasil. Foi ativado em junho de 2021.

Qual o Mais Longo Cabo Submarino de Fibra Óptica?

Atualmente, o cabo óptico submarino de maior extensão é o SeaMeWe-3, inaugurado em 1999. Ele se estende por aproximadamente 39.000 quilômetros, partindo do sudeste asiático, passando pelo Oriente Médio e chegando até a Europa, conectando 32 países. Esse cabo desempenha um papel crucial na interconexão global, permitindo a transmissão de dados em larga escala através dos oceanos.

O cabo submarino com uma das maiores quantidades de fibras ópticas é o EllaLink, que liga o Brasil à Europa, conectando a cidade de Fortaleza (CE) à cidade portuguesa de Sines. Este cabo tem uma extensão de 6.200 quilômetros., e estima-se que o EllaLink tenha uma capacidade inicial de transmissão de dados de até 400 gigabits por segundo. O projeto do EllaLink envolve um investimento total superior a 1 bilhão de reais.

Conclusão

Os cabos submarinos de fibra óptica desempenham um papel crucial na infraestrutura global de comunicações. Eles permitem a transmissão rápida e eficiente de dados através dos oceanos, conectando continentes e permitindo a comunicação global. Com o aumento da demanda por dados e a crescente dependência da internet, a importância dos cabos submarinos de fibra óptica só continuará a crescer.

Confinamento de Corredores em Data Centers: Uma Análise Um Pouco Mais Detalhada

O confinamento de corredores em data centers é uma estratégia que tem ganhado popularidade devido à sua capacidade de melhorar a eficiência dos sistemas de refrigeração. Este artigo explora o conceito de confinamento de corredores, seus benefícios, desafios e diferentes abordagens. Para uma introdução ao confinamento de corredores, leia meu artigo anterior sobre o assunto.

O que é Confinamento de Corredores?

O confinamento de corredores é a separação do ar frio de fornecimento do ar quente de exaustão dos equipamentos de TI. Isso permite uma temperatura de fornecimento uniforme e estável para a entrada dos equipamentos de TI e um retorno de ar mais quente e seco para a infraestrutura de refrigeração. Essa estratégia pode reduzir os custos operacionais, otimizar a eficácia do uso de energia e aumentar a capacidade de refrigeração.

Benefícios do Confinamento de Corredores

O confinamento de corredores pode proporcionar uma série de benefícios, incluindo a redução do consumo de energia, aumento da capacidade de refrigeração, estabilização da temperatura de fornecimento para a entrada de TI, disponibilização de mais capacidade de energia para equipamentos de TI, aumento do tempo de atividade e prolongamento do ciclo de vida dos ativos de TI.

Tipos de Confinamento de Corredores

Existem principalmente dois tipos de confinamento de corredores em data centers: confinamento de corredor quente e confinamento de corredor frio.

Confinamento de Corredor Quente

O confinamento de corredor quente envolve o fechamento do corredor quente, permitindo que o ar frio inunde o restante do espaço do data center. Isso pode ser alcançado através de estratégias como piso elevado, dutos suspensos ou simplesmente inundando o data center com ar frio. Uma vantagem única do confinamento de corredor quente é sua capacidade de oferecer um acúmulo térmico, permitindo que o data center mantenha a estabilidade durante curtos períodos de falhas no sistema de refrigeração.

Confinamento de Corredor Frio

No confinamento de corredor frio, o ar frio é confinado no corredor, permitindo que o restante do data center se torne um grande plenum de retorno de ar quente. Esse confinamento envolve uma barreira física que permite que o ar de fornecimento flua para dentro do corredor frio.

Tipos de Abordagens

Existem várias abordagens para o confinamento de corredores em data centers, além do confinamento de corredor quente e frio. Seguem alguns exemplos:

  1. Sistema de Cortina/Contenção Suave: Este sistema usa cortinas de plástico flexíveis para separar o ar quente do ar frio. É uma solução de baixo custo e fácil de instalar, mas pode não ser tão eficaz quanto outras abordagens.
  2. Sistemas Modulares: Estes são sistemas de contenção pré-fabricados que podem ser facilmente instalados em um data center existente. Eles são mais caros do que os sistemas de cortina, mas oferecem melhor controle sobre o fluxo de ar.
  3. Painéis de Contenção: Estes são painéis rígidos que são instalados no final dos corredores para conter o ar. Eles são mais eficazes do que as cortinas, mas também são mais caros e podem ser mais difíceis de instalar.
  4. Sistemas de Teto de Contenção: Estes são sistemas que usam um teto falso para conter o ar. Eles são muito eficazes, mas também são os mais caros e podem exigir modificações significativas no data center.
Sistema de cortina

Desafios do Confinamento de Corredores

Embora o confinamento de corredores ofereça vários benefícios, também apresenta alguns desafios. Por exemplo, o confinamento de corredor quente geralmente é mais caro, pois requer um caminho contido para o fluxo de ar do corredor quente até as unidades de refrigeração. Além disso, o confinamento de corredor quente normalmente se junta ao teto onde a supressão de incêndio é instalada, o que pode afetar a operação normal de um sistema de supressão de incêndio de grade padrão se o espaço não for bem projetado.


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O confinamento de corredor frio tem se tornado cada vez mais popular e eficaz como solução de resfriamento para data centers. Isso ocorre porque o confinamento de corredor frio é frequentemente usado em ambientes onde o ar frio é gerado fora da área de contenção e trazido por meio de um piso elevado. A maioria dos data centers existentes emprega esse tipo de sistema de resfriamento, que pode ser adaptado para o confinamento de corredor frio com impacto mínimo nas operações.

No entanto, a escolha do tipo de confinamento mais adequado pode variar dependendo das necessidades específicas de cada data center. Portanto, não há uma abordagem única que seja a mais eficaz para todos os data centers. É recomendável consultar um especialista em data center para determinar a melhor abordagem para um data center específico.

Conclusão

O confinamento de corredores em data centers é uma estratégia eficaz para otimizar as operações do data center, reduzindo a mistura de ar frio e quente. Ele oferece vários benefícios, incluindo redução do consumo de energia, aumento da capacidade de resfriamento e prolongamento do ciclo de vida dos ativos de TI. No entanto, também apresenta desafios que devem ser considerados. Com as crescentes demandas de energia e a necessidade de reduzir o impacto ambiental, o confinamento de corredores se tornará cada vez mais importante na gestão de data centers.

Refrigeração Líquida em Data Centers

A refrigeração líquida está se tornando cada vez mais relevante no cenário de data centers devido ao aumento da densidade de energia e à necessidade de soluções de resfriamento mais eficientes. Neste artigo expomos alguns pontos chaves sobre a refrigeração líquida em data centers.

Aumento da Densidade de Energia

Com o rápido crescimento da inteligência artificial (IA) e do aprendizado de máquina, a densidade de energia nos data centers está aumentando Unidades de processamento gráfico (GPUs), que são comumente usadas para acelerar essas aplicações, são extremamente poderosas e geram muito calor. Isso está levando a um aumento na demanda por soluções de refrigeração mais eficientes.

Refrigeração Líquida X Refrigeração a Ar

Tradicionalmente, a refrigeração a ar tem sido a principal forma de resfriamento em data centers. No entanto, à medida em que a densidade de energia aumenta, a refrigeração a ar está se tornando menos eficiente. A refrigeração líquida, por outro lado, é capaz de absorver e transportar calor mais eficientemente do que o ar.

A refrigeração líquida é geralmente mais eficiente do que a refrigeração a ar em termos de eficiência energética. Isso se deve a várias razões, tais como:

Menor resistência térmica: A água tem uma resistência térmica muito menor do que o ar, o que significa que ela pode absorver e transportar calor mais eficientemente.

Maior densidade de energia: A refrigeração líquida pode suportar uma maior densidade de energia, o que é particularmente útil para aplicações de alto desempenho, como IA e aprendizado de máquina.

Exemplo de refrigeração líquida disponível no Brasil – visite o site do representante da solução

Inovações na Refrigeração Líquida

Várias empresas estão inovando no espaço de refrigeração líquida. Por exemplo, a CoolIT Systems garantiu novos fundos para expandir sua capacidade de produção de equipamentos de refrigeração líquida. Além disso, a Lenovo está investindo no desenvolvimento de vários designs de refrigeração líquida, esperando que mais clientes os utilizem.

Grandes empresas como Google e Lenovo já estão adotando a refrigeração líquida em seus data centers. O Google introduziu a refrigeração líquida em seus data centers para resfriar seus mais recentes processadores que sustentam as capacidades de IA. A Lenovo também está mirando novos designs de refrigeração líquida em data centers convencionais.


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Custos da Refrigeração Líquida

A refrigeração líquida pode representar um custo inicial mais alto em comparação com a refrigeração a ar devido à complexidade do sistema e à necessidade de componentes adicionais. No entanto, a longo prazo, a refrigeração líquida pode ser mais econômica.

De acordo com a ASHRAE, a refrigeração líquida em data centers pode melhorar o custo total de propriedade por meio de maior densidade, maior uso de resfriamento gratuito e melhor desempenho por watt. Isso significa que, embora o custo inicial possa ser maior, a eficiência energética melhorada e a capacidade de suportar cargas de trabalho de maior densidade podem resultar em economias significativas ao longo do tempo.

Além disso, estima-se que aproximadamente 40% da energia consumida em um centro de dados seja destinada aos sistemas de refrigeração. Portanto, qualquer melhoria na eficiência da refrigeração pode ter um impacto significativo nos custos operacionais de um data center.

No entanto, o custo exato pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o design específico do data center, a localização geográfica, os preços locais de energia e a eficiência do equipamento de refrigeração. Portanto, é importante realizar uma análise de custo-benefício detalhada antes de decidir entre a refrigeração a ar e a refrigeração líquida.

Vantagens e Desvantagens da Refrigeração Líquida

Vantagens:

  • Maior eficiência energética: A refrigeração líquida é capaz de absorver e transportar calor mais eficientemente do que o ar, o que pode resultar em economias significativas de energia a longo prazo.
  • Capacidade de suportar maior densidade de energia: A refrigeração líquida é capaz de suportar cargas de trabalho de maior densidade, como aquelas que envolvem o uso intensivo de GPUs.

Desvantagens:

  • Custo inicial mais alto: A refrigeração líquida pode ter um custo inicial mais alto devido à complexidade do sistema e à necessidade de componentes adicionais.
  • Necessidade de equipamentos específicos: Para que a refrigeração líquida seja eficaz, é necessário que os dispositivos de TI sejam compatíveis com essa tecnologia.

É importante notar que a escolha entre refrigeração a ar e refrigeração líquida depende de vários fatores, incluindo o design específico do data center, a localização geográfica, os preços locais de energia e a eficiência do equipamento de refrigeração. Portanto, é recomendável realizar uma análise de custo-benefício detalhada antes de decidir entre essas duas opções.


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Capacidade: 480 GB
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O Futuro da Refrigeração Líquida

A refrigeração líquida está preparada para se tornar mais comum em data centers no futuro. Com o aumento da densidade de energia e a necessidade de soluções de resfriamento mais eficientes, a refrigeração líquida provavelmente se tornará uma parte integral dos data centers.

Em resumo, a refrigeração líquida está se tornando uma parte cada vez mais importante do cenário de data centers. Com o aumento da densidade de energia e a necessidade de soluções de resfriamento mais eficientes, é provável que vejamos um aumento na adoção da refrigeração líquida nos próximos anos. A previsão é que o mercado de refrigeração líquida alcance os US$ 8 bilhões até 2028, crescendo a um ritmo de mais de 24% ao ano.

Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro das comissões de estudos sobre cabeamento estruturado e de infraestrutura de data centers da ABNT, certificado pela BICSI (RCDD e DCDC), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCD Academy, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.