Diferenças no testes em fibra óptica tier 1 e tier 2

É possível um enlace óptico testado em tier 1 (com um OLTS, conhecido popularmente apenas como “teste de power meter”) ser “aceito” pelas normas e, ao ser testado em tier 2 (com um OTDR), ser “reprovado” pelas mesmas normas?

Sim, é possível! Enquanto o teste tier 1 calcula (e compara com as normas) a perda total do enlace, o teste tier 2 mede (e também compara com as normas) as perdas individuais dos componentes do enlace óptico.

Exemplo: se um conector óptico apresentar perda 0,1 dB acima do limite da norma, mas outro conector do mesmo enlace apresentar perda 0,1 dB abaixo do limite, a perda total ainda estará dentro da norma, passando no teste tier 1. Mas, em um teste tier 2, o primeiro conector seria reprovado, enquanto o segundo seria aprovado. O resultado final do teste tier 2 será “reprovado”.

E se isso acontecer, o que devemos fazer? Em qual resultado confiar? Ambos resultados estão corretos, apenas mostram aspectos diferentes do mesmo enlace. Se tudo o que queremos é saber se a perda total está dentro das especificações do fabricante do cabeamento (para a garantia estendida) ou das aplicações que desejo usar, então o resultado tier 1 é o suficiente. Mas se queremos saber se o serviço de instalação do cabeamento foi executado com precisão, então devemos observar o teste tier 2 e pedir que o instalador melhore os itens fora dos limites.

Outra possibilidade de um teste tier 2 falhar (enquanto o tier 1 passa) é a ocorrência de excesso de “refletância” nos conectores, pois esse parâmetro não é medido no tier 1, e pode ser crítico para algumas aplicações.

Para saber mais sobre os testes ópticos tier 1, confira o curso SCE333 e os vídeos abaixo.

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Até a próxima!

Marcelo Barboza, RCDD, DCDC, ATS, DCS Design, Assessor CEEDA
Clarity Treinamentos
marcelo@claritytreinamentos.com.br

Sobre o autor
Marcelo Barboza, instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, formado pelo Mackenzie, possui mais de 30 anos de experiência em TI, membro de comissões de estudos sobre cabeamento estruturado e data center da ABNT, certificado pela BICSI (RCDD, DCDC), Uptime Institute (ATS) e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos selecionados da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Assessor para o selo de eficiência para data centers – CEEDA.

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